Nove alpinistas mortos numa tempestade nos Himalaias

A equipa composta por cinco sul-coreanos e quatro guias nepaleses estava na base do monte Gurja quando foi atingida por ventos violentos.

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EPA/Arquivo

Nove alpinistas morreram na sequência de uma violenta tempestade de neve que atingiu um campo onde estavam instalados nos Himalaias, na zona ocidental do Nepal. As tempestades de neve são habituais na região, com a sua intensidade a aumentar nos últimos anos.

A polícia local, citada pela BBC, diz que a equipa composta por cinco sul-coreanos e quatro guias nepaleses estava na base do monte Gurja quando foi atingida por ventos violentos.

Num primeiro momento, um helicóptero de socorro passou pelo local confirmando ter avistado oito corpos mas não conseguiu aproximar-se devido às más condições climatéricas. A equipa de expedição estava acampada no sopé do monte desde o início de Outubro à espera de uma oportunidade para chegar ao pico.

As equipas de socorro afirmaram que o acampamento foi totalmente destruído pela tempestade. “Pensamos que tenha acontecido uma tempestade de neve pois as árvores estão partidas e as tendas destruídas. Até os corpos das vítimas estão espalhados”, disso o porta-voz da polícia nepalesa, Sailesh Thapa, citado pela AFP. Só no domingo será possível enviar outra missão de socorro.

As vítimas não foram oficialmente identificadas, mas a comunicação social local diz que da expedição fazia parte o sul-coreano Kim Chang-ho, que se tornou, em 2013, o homem mais rápido a escalar os 14 picos mais altos do mundo sem garrafa de oxigénio. 

O acampamento dos alpinistas estava localizado perto dos 3500 metros do monte de 7193 metros. De acordo com a BBC, apenas 30 pessoas conseguiram chegar ao pico desta montanha, sendo que a última vez que isso aconteceu foi em 1996. Já o cume da montanha mais alta do mundo, o Evereste, foi alcançado por mais de 8000 pessoas.

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