Aos 50 anos, a associação dos trabalhadores da Câmara do Porto ainda quer crescer

O Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara Municipal do Porto (CCD) apresenta esta sábado o ante-projecto de um novo edifício de serviços

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Projecto do arquitecto Joaquim Portel para o novo espaço do Porto CCD DR
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Projecto do arquitecto Joaquim Portel para o novo espaço do Porto CCD DR
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Terreno onde nascerá o projecto André Rodrigues
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Terreno onde nascerá o projecto André Rodrigues
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Actuais instalações da Universidade Sénior André Rodrigues

O presidente do Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara do Porto acredita que haverá no país poucas organizações do género a funcionar há 50 anos. O Porto CCD, como é conhecido, chega ao meio século de existência de boa saúde, garantindo serviços que beneficiam milhares de pessoas, e apresenta este sábado a sua ambição para as próximas décadas: o anteprojecto de um novo edifício, junto às suas actuais instalações, onde pretende dar melhores condições à Universidade Sénior, às actividades culturais e que incluirá quarenta quartos para seniores.

A apresentação do Edifício do Cinquentenário, pelas 12h, marcará o dia grande do aniversário do Porto CCD, que obteve da Câmara do Porto, este ano, o direito de superfície para construção num terreno de 8250 metros quadrados, na Rua de Alves Redol, mesmo em frente ao pavilhão desportivo e ao campo de jogos hoje usado por centenas de jovens da Escola de Futebol Hernâni Gonçalves. O projecto do arquitecto Joaquim Portel prevê a construção de um volume com uma área de construção de 3234 metros, que incluirá um auditório para quase 300 pessoas, salas para a Universidade Eugénio de Andrade e para o espaço Aprender a Ser, que mobilizam centenas de pessoas e que hoje ocupam espaços com condições menos favoráveis.

Outra das valências deste projecto será a de residência para seniores. Segundo Alberto Gouveia Santos, está prevista a construção de 40 apartamentos T0, associados a espaços e serviços comuns. O presidente do Porto CCD explicou ao PÚBLICO que este era um anseio expresso por muitos dos seus três mil associados – que podem ser, ou não, funcionários ou antigos funcionários do município e que pagam um por cento do salário, num caso, ou um por cento do salário mínimo, no segundo, para fazerem parte da colectividade, embora com regalias diferentes.

Com as quotas dos associados, e os serviços que presta, o Porto CCD goza de boa saúde financeira, mas esta não permite ao centro avançar sozinho para o Edifício do Cinquentenário, assume o dirigente, que ainda assim afirma que gostaria de ver a obra a começar em 2019.

Gouveia elogia a câmara do Porto, quer pelo apoio logístico que tem dado, no domínio das instalações, quer pela presença habitual do independente Rui Moreira nas iniciativas do Centro, e espera que, para além do terreno, a autarquia possa, de alguma forma apoiar este projecto. Que, assume, precisará sempre da ajuda de outras pessoas e instituições da cidade e, desde logo, do incentivo das personalidades que convidou para a comissão de honra deste cinquentenário, e que é presidida pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O CCD nasceu em 1968, quando um grupo de trabalhadores do município se reuniu para criar uma organização sociocultural, de desporto e lazer. Na altura, recorda a direcção deste organismo, não existia liberdade de Associação e por isso a solução foi criar um centro da Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho. “Só depois de Abril de 1974 foi possível legalizar uma associação privada, declarada de utilidade pública no ano 2000”, lembram.

Das estruturas funcionais do CCD destacam-se a Universidade Sénior Eugénio de Andrade com mais de 500 alunos; o Espaço Aprender a Ser com mais de 120 crianças e jovens; a Escola de Mergulho com várias dezenas de membros activos; o Grupo de Teatro “A Colmeia”; a organização periódica dos Caminhos de Santiago. Nas instalações destacam-se os campos de futebol de 11, com relva sintética, dois campos de futebol de cinco também relvados e iluminados e o pavilhão multiusos. As instalações desportivas são utilizadas pela Escola de Futebol Hernâni Gonçalves, com mais de 600 alunos, e por vários clubes e grupos formais ou informais da cidade, explica o Porto CCD num comunicado.

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