Alemanha perde na noite em que Löw se tornou recordista

Técnico chegou aos 168 jogos como seleccionador, mas alemães perderam na Holanda. Gibraltar obteve primeira vitória oficial

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LUSA/SASCHA STEINBACH

Foi uma noite histórica na Liga das Nações, a mais recente prova de selecções da UEFA, em que as equipas podem subir e descer de escalão. Não só na Liga A, onde competem as equipas mais bem posicionadas no ranking, mas também na Liga D, que integra as selecções menos cotadas da Europa.

No único jogo disputado na Liga A, foi noite de festa em Amesterdão. A selecção holandesa homenageou Rafael van der Vaart e Dirk Kuyt com um resultado histórico: 5806 dias depois do último triunfo sobre a Alemanha, a Holanda impôs-se por 3-0. E o resultado até peca por escasso. Virgil Van Dijk inaugurou o marcador aos 30’, após um primeiro cabeceamento de Babel que acertou na trave da baliza alemã. Os holandeses ameaçaram o 2-0 pouco depois, valendo o corte de Ginter perante a ameaça de Babel.

Na segunda parte a Alemanha melhorou a assumiu o controlo do jogo, mas a Holanda foi muito mais eficaz. Aos 76’ Depay teve uma excelente ocasião para ampliar a vantagem, mas permitiu a defesa a Neuer. Porém, não desperdiçou mais tarde, após bom passe de Promes, e fez o 2-0. Já no período de compensação o futebolista do Lyon ainda acertaria na trave da baliza alemã. Mas ainda haveria tempo para Wijnaldum confirmar o terceiro golo holandês.

Uma forma muito amarga de Joachim Löw assinalar o 168.º jogo no comando da “Mannschaft”, tornando-se no recordista de partidas ao leme após superar as 167 de Sepp Herberger.

Também houve história na Liga D: pela primeira vez desde que é reconhecida pelos organismos internacionais, a selecção de Gibraltar venceu um jogo competitivo. E foi também o primeiro triunfo fora de portas para a equipa gibraltarina, que se impôs em Ierevan à Arménia graças a um golo solitário de Joseph Chipolina.

Foi o terceiro triunfo da história de Gibraltar, mas o primeiro num encontro a valer pontos. Após vencer jogos particulares contra Malta (em Junho de 2014) e Letónia (em Março deste ano), ambos na condição de visitado, Gibraltar estreou-se a vencer em partidas oficiais. Na terceira jornada do Grupo 4 da Liga D da Liga das Nações, os gibraltarinos colocaram um ponto final a uma série negativa: todos os 22 jogos competitivos que tinham disputado haviam terminado em derrota.

Frente a uma Arménia que tem como principal estrela Mkhitaryan, futebolista que actualmente representa o Arsenal mas já passou pelo Manchester United e Borussia Dortmund (Ghazaryan, do Desportivo de Chaves, também foi titular), Gibraltar não se deixou intimidar e após uma primeira parte sem golos, adiantou-se no marcador aos cinco minutos do segundo tempo. Mkoyan fez falta sobre Lee Casciaro e, no penálti correspondente, Joseph Chipolina marcou um golo que viria a revelar-se histórico.

Foi preciso sofrer, mas a equipa comandada pelo uruguaio Julio Ribas resistiu a tudo. As estatísticas oficiais da UEFA deixam à vista a pressão feita pela Arménia: 23 remates (dos quais nove enquadrados com a baliza), 72% de posse de bola e um total de 548 passes completados (contra 89 dos gibraltarinos). Mas Kyle Goldwin foi gigante na baliza e contribuiu para segurar o primeiro triunfo em jogos oficiais da história desta selecção, celebrado pelos jogadores de Gibraltar, abraçados no relvado, alguns deles em lágrimas.

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