General Faria Menezes sobre saída de Azeredo: "Saúdo o regresso a uma cultura de responsabilização"

Militares aplaudem a demissão do ministro da Defesa, Azeredo Lopes na sequência do caso do roubo de Tancos.

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LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O general Faria de Menezes, que se demitiu em Julho do ano passado depois do assalto aos paióis de Tancos, saúda com "grande energia" a demissão do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, que classifica como um "regresso a uma cultura de responsabilização política".

"Saúdo com grande energia esta iniciativa que representa o regresso a uma cultura de responsabilização política que com certeza irá contribuir para uma salutar serenidade e maior credibilidade na instituição estruturante do Estado que são as Forças Armadas", afirmou ao PÚBLICO.

Faria de Menezes era comandante operacional das Forças Terrestres e apresentou a demissão por discordar da decisão do Chefe de Estado-Maior do Exército (CEME), Rovisco Duarte, de exonerar temporariamente cinco coronéis enquanto decorriam as investigações preliminares do ramo. 

A forma como Rovisco Duarte geriu o caso de Tancos tem sido muito contestada entre as fileiras. Há agora a expectativa sobre se, depois da demissão de Azeredo, o CEME se mantém em funções.

Também o presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas, tenente-coronel António Mota, veio desejar que a demissão do ministro possa "trazer alguma tranquilidade às Forças Armadas".

"Esperamos que quando acontece algo de mais inesperado que isso contribua para, de alguma forma, atenuar o sentido de ir no rumo da limpeza deste clima intolerável de suspeição permanente sobre as Forças Armadas", comentou António Mota à TSF.

Comentário de Manuel Carvalho, director do PÚBLICO: "Teia de suspeição" ditou demissão

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