Miguel Barreto rejeita ter oferecido central de Sines à EDP

O antigo director-geral da Energia, que chegou a ser arguido na investigação aos contratos da EDP, recusou ter favorecido a empresa na atribuição de uma licença sem prazo para a central térmica de Sines.

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Miguel Barreto era director-geral de Energia quando os contratos CMEC entraram em vigor LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O antigo director-geral de Energia Miguel Barreto garantiu esta quarta-feira no Parlamento que não favoreceu "nenhum interesse particular, apenas o Estado português", rejeitando a "ideia errada" de que deu a central de Sines à EDP.

Na sua intervenção inicial na comissão parlamentar de inquérito às rendas excessivas dos produtores de electricidade, Miguel Barreto começou por esclarecer que, em audições anteriores, lhe foram atribuídos "actos" que põem em causa o seu bom nome, como "a ideia errada de que o director-geral deu a central de Sines à EDP, ainda por cima, de graça".

"Não foi o director-geral que decidiu dar a licença sem prazo à EDP, decorria da lei. Também é falso que o director-geral de energia tenha dado a central [de Sines] à EDP. Finalmente se não deu também não podia cobrar e é descabido dizer que foi oferecido à EDP o que já era seu desde, pelo menos, 1996", declarou.

Miguel Barreto sublinhou que "as três questões que têm sido levantadas sobre a central de Sines são infundadas", realçando que, enquanto director-geral (2004-2008), "apenas cumpriu a lei".

"Não favoreci nenhum interesse particular, apenas o Estado português", declarou.

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