Ryanair anuncia 12 novas rotas para 2019

"É importante chegar a acordo com os sindicatos" e acabar "com estas guerras sem sentido que não nos levam a lado nenhum”, diz Michael O'Leary.

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Empresa tem sido afectada por greves e pela subida do preço do petróleo EPA/STR

A companhia aérea Ryanair anunciou nesta terça-feira que vai investir cerca 100 milhões de euros para criar 12 novas rotas em Portugal para o Verão de 2019 a partir de todas as bases, pretendendo continuar a apostar no país.

“É cerca de 100 milhões de euros de investimento no próximo ano nas 12 novas rotas, três desde a Portela […], seis desde o Porto e três desde Faro”, disse o presidente executivo da empresa, Michael O'Leary, em declarações à agência Lusa, à margem de uma conferência de imprensa em Lisboa.

De acordo com o responsável, este é um investimento “importante porque este é um tempo difícil para as companhias aéreas”.

“O petróleo está a 85 dólares por barril, os preços estão a cair, todas as companhias aéreas estão a reportar quebras nas receitas”, observou Michael O'Leary.

E adiantou: “É importante que continuemos a investir aqui em Portugal, que continuemos a criar bons empregos para as pessoas e chegar a acordo com os sindicatos para que acabemos com estas guerras sem sentido que não nos levam a lado nenhum”.

As 12 novas rotas dizem respeito a Alicante, Berlim, Bordéus, Brive, Cagliari, Clermont, Edimburgo, Londres (Southend), Marraquexe, Milão (Bergamo), Sevilha e Veneza (Treviso).

Ao todo, serão adicionados três destinos aos existentes em Lisboa, seis a partir do Porto, três a partir de Faro, cinco desde Ponta Delgada e dois desde a Terceira, num total de mais 11 milhões de passageiros por ano no país, segundo as estimativas da empresa.

O responsável da Ryanair acusou ainda a ANA - Aeroportos de Portugal de criar um “monopólio francês” em Lisboa por não permitir um aumento da capacidade aeroportuária nem apostar no Montijo, continuando antes a subir as taxas cobradas às companhias.

“A ANA está a tentar assegurar que não há capacidade suficiente para crescer [em Lisboa] para que possam subir as taxas”, afirmou O'Leary. A seu ver, em causa está “um monopólio francês que controla a Portela”. “A solução é criar mais capacidade no Montijo, que continua a ser adiada”, lamentou o responsável.

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