Luso-venezuelano assassinado em Caracas

Circunstâncias do crime ainda estão por apurar. Vítima foi encontrada num local que não frequentava habitualmente.

Foto
Reuters/NACHO DOCE

Um homem luso-venezuelano de 43 anos foi assassinado durante o fim-de-semana em Caracas, capital da Venezuela, por vários homens armados e por motivos ainda desconhecidos, noticiou nesta segunda-feira a imprensa local.

Contactada pelo PÚBLICO, fonte da secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas informou que se tratava de um homem nascido na Venezuela, filho de pais portugueses, que tinha dupla nacionalidade e que se viu envolvido "numa situação violenta que ainda não foi totalmente percebida". 

A investigação do caso está nas mãos das autoridades venezuelanas. Segundo o secretário de Estado José Luís Carneiro, em declarações à agência Lusa, há indícios de que se "terá tratado de uma tentativa de assalto com arma branca".

Os serviços consulares não receberam qualquer pedido de apoio por parte da família do homem — que era casado e tinha dois filhos. Mas o secretário de Estado, que se encontra actualmente em território venezuelano, deu os pêsames à família pessoalmente e disponibilizou ajuda. 

Segundo a imprensa venezuelana, o lusodescendente terá sido assassinado no sábado na Avenida Rio de Janeiro, no leste da capital, numa zona que normalmente não frequentava. A vítima foi encontrada na posse de todos os seus pertences.

Insegurança na Venezuela está a aumentar

A insegurança está a crescer na Venezuela, alertou José Luís Carneiro. "Como é do conhecimento público, tem havido um recrudescimento da insegurança e dos casos de violência, razão pela qual há um permanente apelo para que os cidadãos portugueses e lusodescendentes procurem evitar circular sozinhos", disse.

Segundo o secretário de Estado, o alerta é especialmente válido "a partir de determinadas horas do dia" e estende-se a todas regiões, "porque estes casos têm vindo a acontecer também em lugares onde até há muito pouco tempo não ocorriam estas circunstâncias".

"A Venezuela tem um índice de criminalidade que é dos maiores do mundo", recordou o governante, que aponta para "situações de carência que explicam este quadro de instabilidade". A degradação das condições de segurança faz com que "a presença permanente do Governo português e o diálogo com os portugueses seja muito importante", acrescentou. Com Lusa

Sugerir correcção
Comentar