Hamilton vence no Japão e pode ser campeão do mundo no próximo GP

Triunfo do piloto britânico no Grande Prémio nipónico confirma a hegemonia da Mercedes nesta temporada de Fórmula 1.

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Lewis Hamilton no pódio do Grande Prémio do Japão LUSA/DIEGO AZUBEL

A vitória de Lewis Hamilton neste domingo, no Grande Prémio do Japão de Fórmula 1, em Suzuka, deixa o britânico da Mercedes a oito pontos do quinto título mundial da sua carreira.

O piloto britânico dominou esta 17.ª prova da temporada desde o arranque, batendo o seu companheiro de equipa, o finlandês Valtteri Bottas por 12,919 segundos e o holandês Max Verstappen (Red Bull), que fechou o pódio, por 14,295 segundos.

O alemão Sebastian Vettel (Ferrari) foi apenas sexto classificado após um toque com Verstappen logo à oitava volta e ficou já a 67 pontos de Hamilton quando faltam quatro provas para o final do campeonato.

Assim, caso vença o GP dos Estados Unidos da América dentro de duas semanas, em Austin, e Vettel não vá além do terceiro lugar, Lewis Hamilton iguala os cinco títulos conquistados pelo argentino Juan Manuel Fangio, ficando a dois do recorde estabelecido pelo alemão Michael Schumacher, que tem sete.

"Temos de fazer uma coisa de cada vez. Nunca se sabe o que pode acontecer em cada corrida. Austin é uma boa pista para nós e mal posso esperar por soltar esta ‘besta'", disse, no final do GP do Japão, Lewis Hamilton, referindo-se ao seu monolugar Mercedes.

Se na frente da corrida houve pouca acção, o mesmo não se pode dizer do que aconteceu mais atrás.

Max Verstappen, que fechou os lugares do pódio com o seu Red Bull, envolveu-se em escaramuças com os dois Ferrari logo nas voltas iniciais. Primeiro acertou em Kimi Raikkonen ao reentrar em pista após falhar uma travagem, numa manobra que lhe valeu cinco segundos de penalização.

Um par de voltas mais tarde, o toque foi com Sebastian Vettel, que tinha saído do oitavo lugar da grelha e estava já a atacar os lugares do pódio à oitava volta.

Na curva Spoon, o holandês abriu ligeiramente a trajectória e o piloto alemão colocou o Ferrari por dentro na travagem. Verstappen não cedeu e os dois tocaram-se, com Sebastian Vettel a fazer um pião e a cair para o último lugar.

"Não me arrependo [da manobra]", disse o alemão no final, em declarações às televisões. "Vi uma brecha, mas assim que ele me viu, obviamente que se defendeu. Mas eu estava por dentro", explicou. "Assim que ele percebe que alguém está próximo, tenta forçar quando já não o deveria fazer", frisou o piloto da Ferrari, que até final ainda recuperou 13 posições, terminando em sexto, atrás do seu companheiro de equipa, o finlandês Kimi Raikkonen.

Verstappen considera que "naquele sítio não se ultrapassa", mas que, mesmo assim, "deu espaço". Já sobre o incidente com Raikkonen, o holandês considera que a culpa foi do piloto da Ferrari. "Escolheu a trajectória errada. Deveria ter esperado que eu reentrasse e ultrapassava-me", concluiu.

Nota ainda para o quarto lugar do australiano Daniel Ricciardo, num Red Bull, depois de ter começado no 15.º lugar.

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