Tancos: Rangel defende intervenção do Presidente da República

O eurodeputado lembra que Marcelo Rebelo de Sousa é o comandante supremo das Forças Armadas, e considera que a situação é "extremamente grave".

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Nelson Garrido

Paulo Rangel defende que o Presidente da República tem de intervir sobre o caso de Tancos se o Governo “não assumir responsabilidades”. O eurodeputado lembra que Marcelo Rebelo de Sousa é o comandante supremo das Forças Armadas.

“O primeiro-ministro já veio desvalorizar o assunto como aconteceu com o incêndio de Pedrógão Grande. Deixa o Presidente da República numa situação difícil. Se o Governo não assumir responsabilidades tem de ser o Presidente a intervir”, afirma ao PÚBLICO o eurodeputado do PSD. “Como comandante supremo das Forças Armadas, o Presidente tem de actuar em privado ou em público”, defende, sustentando a sua posição na necessidade de proteger as forças militares e a imagem externa do país.

“Não podemos assistir a esta degradação das forças militares e não haver nenhuma intervenção”, sublinhou, qualificando a situação como “extremamente grave”.

Paulo Rangel critica a atitude que o Governo tem mantido sobre o caso desde que se registou o desaparecimento do material militar em 2017. “Desde o primeiro dia que o Governo não fez o que devia fazer e remeteu para um caso de polícia. Isto não é um caso de polícia, embora também tenha essa dimensão”, aponta o social-democrata, lembrando que já tem manifestado esta posição crítica sobre a atitude do executivo.

Esta quinta-feira foi noticiado que o ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, terá sido informado da operação encenada pela Polícia Judiciária Militar para recuperar as armas furtadas de Tancos, um mês depois de ela ter sido realizada. A notícia foi avançada pelo Expresso e confirmada o PÚBLICO junto de fontes ligadas ao processo. O ministro nega ter tido conhecimento destes factos. O primeiro-ministro António Costa mantém a confiança em Azeredo Lopes. 

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