Portugal está com um atraso de dez anos no investimento em estruturas na saúde

O Governo está agora a fazer “a recuperação do investimento”, segundo o ministro da Saúde, que avisa que isto será feito “num quadro de rigor das contas públicas”.

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LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

O ministro da Saúde admitiu nesta quarta-feira que Portugal está com um atraso de dez anos no investimento em infra-estruturas e equipamentos na área da saúde.

“Falta-nos muito investimento ainda. Estamos, um pouco por todo o país, finalmente, a ter intervenções nas infra-estruturas e equipamentos. Estamos atrasados dez anos e temos muitos exemplos de como, dez anos depois, nos lamentamos do tempo perdido”, disse Adalberto Campos Fernandes durante uma intervenção na cerimónia de lançamento da estratégia da hospitalização domiciliária.

O ministro entende que o Governo está agora a fazer “a recuperação do investimento”, mas avisa que isso será sempre feito “num quadro de rigor das contas públicas”.

Como exemplos de investimentos em curso, Adalberto Campos Fernandes repetiu o que tem dito ao longo dos últimos meses: novo Hospital Central do Alentejo, hospitais de Sintra e do Seixal, Hospital da Madeira (com comparticipação do Governo central) e também o Hospital de Lisboa Oriental.

Campos Fernandes também se tem referido várias vezes aos 113 novos centros de saúde em lançamento ou em construção.

O Ministério da Saúde apresentou nesta quarta-feira em Lisboa a estratégia para a hospitalização domiciliária, que vai criar em mais de vinte hospitais públicos unidades que permitirão aos doentes que estariam internados recuperar de uma doença aguda em casa, mas recebendo cuidados hospitalares.

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