Universidade do Porto dá as boas-vindas a mais de quatro mil estudantes estrangeiros

A aventura começa para mais de quatro mil estudantes estrangeiros na Universidade do Porto, vindos de 90 países diferentes, e a instituição quer subir para cinco mil, no próximo semestre.

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A Tuna Masculina da Faculdade de Direito animou a tarde. Paulo Pimenta

O prestígio e a qualidade do ensino é o que os leva a escolher a Universidade do Porto (UP), dizem. São mais de 4600 os estudantes estrangeiros que chegam para estudar naquela instituição e 90 as suas nacionalidades. Na tarde desta quarta-feira, a universidade deu-lhes as boas vindas, na sua casa mãe – a Reitoria.

Na sessão esteve presente a vice-Reitora, Maria de Lurdes Correia Fernandes, que mostrou a vontade da instituição de, no segundo semestre deste ano lectivo, “ultrapassar a barreira dos 5 mil estudantes estrangeiros, que representariam 15% do total dos estudantes”. Neste momento, a Universidade do Porto recebe 4609 estudantes vindos do Brasil, Espanha, Itália, Alemanha, Polónia, Macau, Moçambique, Cabo Verde, entre outros.

O Brasil é o país mais representado por estudantes estrangeiros na UP, são mais de dois mil os que vêm para fazer um ciclo completo de estudo. A eles, juntam-se os 518 que vão ficar na cidade durante seis meses, ao abrigo do programa Erasmus.

Pétria tem 22 anos, é brasileira, e vem estudar Criminologia, na Faculdade de Direito, durante um semestre. Na sessão de boas vindas estava com um grupo de amigos, também eles vindos do Brasil. Há um mês no Porto, não teve a mesma sorte dos colegas, que conseguiram casa ainda antes da partida dos seus próprios países. Pétria ficou a viver num hostel durante a sua primeira semana na nova cidade enquanto procurava a casa que necessita para os próximos seis meses. “Não foi fácil encontrar e acho que acabei pagando um pouco acima do padrão”. A estudante tem uma renda de 320 euros por um quarto que diz ficar numa boa localização, apesar do apartamento ser pequeno.

Vinda de Itália, Clarissa estuda Economia e vai passar meio ano na Faculdade de Economia. As expectativas são altas, agora que está longe de casa e se quer tornar mais independente. Com 24 anos, suporta uma renda de 350 euros por mês. “Não é caro porque a casa é grande”, apontou a jovem que escolheu o Porto por esta, diz, ser uma cidade mais calma que Lisboa e cheia de estudantes.

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A multi-culturalidade na Universidade do Porto fez-se notar durante a recepção aos novos estudantes estrangeiros. Paulo Pimenta

Certo é que a procura privada, ao invés das residências universitárias, é prática comum entre os estudantes estrangeiros. No entanto, a instituição tem uma parte das residências universitárias dos serviços de acção social destinada a quem vem de fora. “Temos que dar prioridade, naturalmente, aos estudantes nacionais”, notou a vice-Reitora. “A nossa intenção é projectar a construção de novas residências que permitam acolher quer os estudantes nacionais, quer também os estudantes internacionais”, avançou e acrescentou que isso só será possível “com outras forças da cidade, conseguindo um empenho global, e [que] é também do interesse da cidade querer ter muitos estudantes estrangeiros.”

Desde 2013, a Universidade do Porto quase duplicou o número de estudantes vindos de outros países. A evolução pauta-se por um aumento de 2876 para 4609, durante os últimos cinco anos, e, este ano, bate novo recorde. Segundo a vice-Reitora, a instituição vê o progresso com satisfação porque “isso quer dizer que a aposta da universidade na internacionalização está a produzir frutos”.

A universidade quer ainda atingir a meta da União Europeia, visada para a internacionalização da instituição, e atingir uma representação de 20% de estudantes internacionais sobre o número total de estudantes. Se, no segundo semestre, a UP chegar aos cinco mil estudantes estrangeiros aproxima-se, ficando a faltar 5%, desse valor.

Texto editado por Ana Fernandes

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