Universidade da Beira Interior queixa-se ao Ministério Público de alegada praxe violenta

Na sua edição de domingo, o Correio da Manhã noticiou que um estudante do primeiro ano do curso de Ciências Biomédicas apresentou queixa à instituição depois de ter sido alvo de uma praxe violenta por parte de um grupo secreto.

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Universidade da Beira Interior (foto de arquivo) Adriano Miranda

A Universidade da Beira Interior (UBI), sediada na Covilhã, informou nesta segunda-feira que fez queixa ao Ministério Público e que também abriu um processo de averiguações devido a uma alegada praxe violenta que terá sido praticada por alunos daquela universidade.

“A UBI fez chegar ao Ministério Público da Covilhã uma queixa relativa a actos de violência que terão ocorrido na última semana, entre alunos da instituição”, diz a universidade em resposta escrita enviada à Lusa.

A UBI explica que este procedimento surge na sequência de uma participação que foi feita por parte de um aluno desta instituição do distrito de Castelo Branco e que esta foi a única participação que recebeu até agora, desde o início do ano lectivo, ressalvando que a situação relatada ocorreu fora das instalações da universidade.

Na sua edição de domingo, o jornal Correio da Manhã noticiou que um estudante do primeiro ano do Curso de Ciências Biomédicas apresentou queixa à instituição depois de ter sido alvo de uma praxe violenta por parte de um grupo secreto.

Segundo aquele diário, o aluno e outro colega terão sido escolhidos pelos autores da praxe e levados, durante a noite, para a serra da Estrela, onde terão sido obrigados a despir-se e a colocar-se de gatas, acabando por ser agredidos com pás.

Além da queixa ao Ministério Público, a UBI também abriu um processo no âmbito da Comissão Disciplinar do Senado, que analisará a situação. “Provando-se os factos, a sanção poderá chegar à interdição da frequência da UBI durante cinco anos”, salienta a UBI.

A UBI frisa igualmente que, ao longo do tempo, tem tomado “medidas para que a integração dos novos alunos seja feita de forma civilizada, sendo que há vários anos que não é permitida qualquer prática de praxe dentro das suas instalações”.

Recordando que a instituição apenas “apadrinha” actividades dos alunos “que tenham cariz solidário e cívico”, a UBI refere que o reitor da instituição, António Fidalgo, tem salientado, em todos os actos de recepção aos estudantes, que a “integração de novos alunos deve ser feita de forma amigável por todos os intervenientes”.

“Antes, logo no acto da matrícula, é entregue um panfleto de sensibilização, assinado pela reitoria, Associação Académica da UBI e pelo provedor do Estudante, que acompanha todo o processo de integração”, conclui.

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