Reviravolta europeia no arranque da 42.ª Ryder Cup

Em Paris, equipa anfitriã esteve a perder por 1-3 mas acaba dia inaugural a ganhar aos EUA por 5-3

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Justin Rose perdeu o match matinal ao lado do espanhol Jon Rahm mas venceu de tarde com o sueco Henrik Stenson

Em 2012, na 39.ª Ryder Cup, no Medinah Country Club, nos arredores de Chicago, Illinois, escreveu-se um dos mais famosos episódios do golfe. À partida para o terceiro e último dia, os EUA ganhavam por 10-4 e só precisavam de conquistar 4,5 em 12 possíveis nos singles para recuperar o troféu que lhes fugia desde 1999. A Europa, porém, venceu oito partidas e empatou outra para ganhar por 14,5-13,5. Chamaram-lhe o “Milagre de Medinah”. 

O que aconteceu hoje, no primeiro dia da 42.ª edição, no Le Golf National, em Paris, está longe de constituir um milagre, mas não deixa de remeter para Medinah. Foi uma reviravolta de se lhe tirar o chapéu na capital francesa, com cinco jogadores que se mantêm em relação ao conjunto de há seis anos – o norte-irlandês Rory McIlroy, os ingleses Justin Rose e Ian Poulter, o espanhol Sergio Garcia e o italiano Francesco Molinari. 

A Europa terminou a sessão matinal de quatro partidas de pares em fourball (à melhor bola) a perder por 1-3, mas da parte da tarde, nos encontros de pares em foursomes (pancadas alternadas, com uma só bola), deu um autêntico banho de bola aos seus rivais. Não só ganhou as quatro partidas como o fez de forma retumbante, colocando-se a ganhar por 5-3 para o segundo dia de prova, sábado, em que se jogam mais oito encontros de pares antes dos 12 singulares de domingo. 

Hoje de manhã, se a Europa conquistou aquele ponto solitário foi porque no quarto jogo a dupla anglo-italiana Tommy Fleetwood/Molinari abriu o livro na segunda metade do campo, fazendo cinco birdies nos últimos sete buracos de jogo para ganhar no 17 por 3/1 (três buracos de vantagem e um para jogar) perante Tiger Woods/Patrick Reed. 

Antes, os europeus haviam perdido dois matches, o primeiro e o terceiro, no limite, no buraco 18, por 1 abaixo: Rose e o espanhol Jon Rahm cederam diante de Tony Finau/Brooks Koepka; e os ingleses Paul Casey/Tyrrel Hatton face a Jordan Spieth/Brooks Koepka; no segundo jogo, McIlroy e o dinamarquês Thorbjorn Olesen foram “goleados” por Dustin Johnson/Rickie Fowler, que deixaram os seus adversário no 15 vencendo por 5/3. 

Da parte da tarde, sem surpresa, Fleetwood/Molinari foram a única dupla que o capitão (não jogador) dinamarquês Thomas Bjorn manteve para os foursomes – e eles voltaram a ganhar no quarto no jogo, frente Spieth/Thomas, por 5/4. McIlroy e Rose, que haviam perdido de manhã, ganharam desta vez com novos parceiros, o primeiro ao lado de Poulter, batendo Bubba Watson/Webb Simpson por 4/2; o segundo com o sueco Henrik Stenson, derrotando Johnson/Fowler por 3/2. Já Garcia estreou-se nesta edição ganhando ao lado do sueco Alex Noren por 5/4, diante de Phil Mickelson/Bryson DeChambeau. 

Que tipo de mensagem transmitiu Thomas Bjorn aos jogadores após a derrota matinal? “Tudo é uma oportunidade no golfe. Ir para o campo e deixar o próprio selo no maior evento de golfe do mundo, é isso que eles querem fazer, aceitando o que têm pela frente. Senti boas vibrações na pausa para a tarde, considerando que tinha sido uma manhã difícil. Agora vamos reagrupar-nos para amanhã, pois isto é uma maratona e as emoções são fortes.” 

Tiger Woods perdeu no regresso à Ryder Cup após seis anos de ausência e já não foi escalonado para a sessão da tarde, mas no sábado de manhã estará de novo ao lado de Reed para os fourball, no terceiro encontro, e novamente diante de Fleetwood/Molinari. Bjorn também faz repetir Hatton/Casey, que defrontam Johnston/Fowler. De resto, Garcia/McIlroy defrontam Finau/Koepka e Poulter/Rahm fecham a sessão frente a Thomas/Spieth.

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