Operação Marquês: juiz da fase de instrução vai ser conhecido na sexta-feira

O inquérito da Operação Marquês culminou na acusação a um total de 28 arguidos.

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José Sócrates está acusado de 31 crimes de corrupção passiva, falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais Manuel Fernando Araujo/Lusa

O sorteio para escolher o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal que vai dirigir a fase de instrução do processo Operação Marquês foi marcado para sexta-feira às 16 horas.

A informação foi prestada nesta quinta-feira pela presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, que adiantou que a distribuição do processo que tem como principal arguido o ex-primeiro ministro José Sócrates, vai realizar-se no Tribunal Central de Instrução Criminal, sendo a escolha entre os juízes Ivo Rosa e Carlos Alexandre.

A abertura da fase de instrução, que é facultativa, foi pedida pela maioria dos advogados do processo.

José Sócrates está acusado de 31 crimes de corrupção passiva, falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

O inquérito da Operação Marquês culminou na acusação a um total de 28 arguidos (19 pessoas e nove empresas) e está relacionado com a prática de quase duas centenas de crimes de natureza económico-financeira.

Sócrates, que chegou a estar preso preventivamente durante dez meses e depois em prisão domiciliária, está acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

A acusação sustenta que Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santos (GES) e na PT, bem como por garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios do Grupo Lena.

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