Destaques da semana da moda de Milão: do ADN Dolce & Gabbana à passadeira verde

Num desfile cheio de figuras conhecidas (e as suas famílias), a marca italiana exibiu os elementos que a definem. No sábado, Green Carpet Fashion Awards destacaram quem mais tem feito pela sustentabilidade na indústria da moda.

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O desfile Dolce & Gabbana contou com a presença de figuras como Carla Bruni e Monica Beluci LUSA/MATTEO BAZZI

Milão é a penúltima paragem do calendário das quatro principais semanas da moda, antecedida por Nova Iorque e Londres. Mostramos-lhe alguns dos destaques das apresentações para a estação de Primavera/ Verão 2019. Falta apenas Paris, onde a dupla Marques'Almeida se estreia, esta temporada. 

A família Dolce & Gabbana

O desfile da Dolce & Gabbana foi uma celebração do ADN da marca, como ficou bem explícito pelas letras gigantes ("DNA") à entrada da passerelle e pela própria colecção que exibia os elementos pelos quais a marca se distingue – desde as rendas aos bordados florais. O próprio cast de modelos representava o universo da Dolce & Gabbana. Incluía, por exemplo, Monica Bellucci, Carla Bruni, Maye Musk (mãe de Elon Musk), Eva Herzigová e Isabella Rossellini, ao lado dos dois filhos, o genro, e neto. As portuguesas Maria Clara e Sara Sampaio também desfilaram.

O clássico Prada

Apresentada numa ampla sala multiúsos da Fondazione Prada, a colecção Primavera/ Verão mistura silhuetas atléticas (os calções estilo bicicleta) e delicadas (os vestidos com saia em forma de A, por exemplo), ao mesmo tempo lembrando algumas das referências típicas da marca. "Queria quebrar as regras do clássico. Discutir um desejo de liberdade e libertação e, por outro lado, o conservadorismo extremo que está a vir – a dualidade que por aí existe", explica a criadora, Miuccia Prada.

Versace e a idade

Noutros tempos talvez fosse menos provável que num desfile da Versace um vestido curto e assimétrico como aquele que Bella Hadid usou fosse combinado com ténis em vez de saltos altos, mas assim foi. Houve também alguma diversidade no que toca às idades. Se há um ano as supermodelos dos anos 1990 voltaram à passerelle, desta vez a marca surpreendeu com a presença de Shalom Harlow – que deixou de desfilar nos anos 1990, no auge da popularidade –, a fechar o desfile. A abrir estava, por outro lado a dinamarquesa Freja Beha Erichsen, uma das modelos mais requisitadas nos anos 2000, que tem aparecido menos nos últimos tempos. A colecção foi apresentada dias antes de se saber da possibilidade de o grupo Michael Kors comprar a Versace.

Passadeira verde em Milão

Durante o fim-de-semana, estrelas como Cate Blanchett, Julianne Moore e Colin Firth juntaram-se ao público da moda, na passadeira verde dos Green Carpet Fashion Awards – um evento de entrega de prémios em prole da sustentabilidade na indústria da moda à escala global. Realizada no La Scala, em Milão, a cerimónia viu premiados nomes como Gilberto Calzolari (designer emergente), Donatella Versace (reconhecimento pela sustentabilidade) e Suzy Menkes (prémio visionária).

Uma colecção em forma de rabisco

"Não tive tempo para acabar a colecção. Tudo o que tenho são desenhos" – foi com esta premissa que Jeremy Scott, a força criativa por detrás da Moschino, pôs mãos à obra. Convém clarificar que efectivamente concretizou a colecção, inspirada no ritmo acelerado do mundo da moda. As silhuetas dos tailleurs faziam lembrar os anos 1980, enquanto que os rabiscos que enfeitavam praticamente todas as peças (até os collants) acrescentavam o toque excêntrico que define a marca italiana.

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