Recordar 2017 para “dar a volta à situação”

Depois do 5.º lugar em 2017, Ricardo Melo Gouveia preparado para novo Portugal Masters

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Ricardo Melo Gouveia hoje na conferência de imprensa do Portugal Masters © VALDEMAR AFONSO

No 11.º Portugal Masters, em 2017, Ricardo Melo Gouveia obteve, a par de Filipe Lima, ambos com o quinto lugar, a melhor classificação portuguesa no torneio, superando o 16.º posto de Ricardo Santos em 2012. Este ano, apresenta-se no Dom Pedro Victoria Golf Course, em Vilamoura, no 132.º lugar na Race to Dubai do European Tour, e precisava de uma boa recta final de época para garantir que em 2019 fará a sua quarta temporada consecutiva na alta-roda europeia. Que pode começar a ser construída já a partir de amanhã no Algarve. Em baixo as suas declarações na íntegra durante a conferência de imprensa que deu hoje no palco da prova.

“No ano passado já estava nesta posição, obviamente que não é uma posição em que gostaria de estar neste momento, mas o golfe é assim e estes dois últimos meses foram complicados e tive de fazer algumas mudanças com a minha equipa técnica. Estou bastante melhor a nível mental e preparado para esta edição do Portugal Masters. 

“Tenho grandes memórias do quinto lugar no ano passado, especialmente da volta de domingo, e ainda mais os segundos nove buracos. Foi das voltas em que joguei melhor golfe e, sem dúvida, olhando para essa situação no ano passado, da forma como correu esse dia, posso utilizar essas boas memórias para dar a volta à minha situação. 

“Joguei nove buracos na segunda-feira passada e outros nove ontem. Este ano o campo está mais complicado. A mudança dos roughs ao lado dos fairways torna a nossa tarefa bastante mais difícil se falharmos o fairway. O tee shot vai ser mais importante do que o normal. Eu prefiro assim. Porque já não vai ser tanto só o putting a decidir o torneio, vai ser também o jogo comprido, que normalmente é o meu forte. Espero que esta semana consiga ter essa parte do jogo afinada e que saia daqui com um resultado melhor ainda do que o do ano passado. 

“Tem havido um bocado de inconsistência na minha época. Há sempre um ou outro tee shot que é bastante penalizante e acaba sempre por aparecer o tal duplo bogey ou triplo bogey, mas estive a trabalhar nestes últimos dias. A nível técnico era uma questão de alinhamento que estava mal, mas que não me tinha apercebido e só essa pequena alteração tem feito uma grande diferença em termos de treino. Espero que consiga aplicar a mesma técnica no campo, em competição. 

“O meu treinador é o Hugh Marr e ele está aqui comigo, temos estado a trabalhar desde segunda-feira. Tem estado a mexer nessas pequenas coisas e sinto-me bastante mais confiante e mais positivo. E estando aqui em Portugal, o apoio do público português vai-me dar grande ajuda para dar a volta aos maus resultados. 

“O meu pai será o meu caddie aqui e até ao final do ano. Foi uma decisão que tomei a seguir a França, quando deixei de trabalhar com o Nick Mumford. Queria uma pessoa que me conhecesse bem e com que já tivesse boas experiências e não há melhor pessoa que o meu pai, por isso sinto-me bastante bem com ele. 

“Falei diretamente com o meu pai, que disse logo que sim, o meu irmão não sabia; o meu irmão se calhar na altura estava também a querer o apoio do meu pai, mas acho que ele percebeu a situação e para o ano as coisas vão ser diferentes, vou arranjar um caddie profissional, mas queria fazer esse processo com calma, não na altura que foi e aí o meu pai vai conseguir acompanhar mais o Tomás. 

“Não falei com ele sobre isso (Ricardo Santos). Tenho falado mais com o Pedro Figueiredo. Ele teve anos bastante complicados quando virou profissional e depois deu a volta, portanto acho que a experiência dele ajuda. Eu não estou nesse ponto, mas sinto que o exemplo dele é bom para mim. Ele teve uma carreira excelente como amador e quando se tornou profissional os resultados deixaram de aparecer. Isso só demonstra que o golfe tem estes altos e baixos e olhando para o caso do Pedro é um grande exemplo de determinação e de perseverança e é isso que tenho tentado imitar um pouco para dar a volta à situação. 

“Sim, sim. Estou bastante positivo antes de o torneio começar, bastante mais até do que estava nas últimas semanas. Tive uma boa conversa com o meu treinador e a minha equipa técnica. Temos um plano bem traçado sobre aquilo que temos de fazer, para estarmos melhor preparados para cada torneio e enfrentar estes próximos quatro torneios até ao final da época.”

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