Activista político das Pussy Riot internado em estado grave. Grupo diz que foi envenenado

O activista anti-Putin, um dos que invadiram o campo na final do Mundial de futebol, foi internado num hospital em Moscovo e as Pussy Riot (grupo feminista que se opõe a Putin) acreditam que tenha sido envenenado.

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Piotr Verzilov foi porta-voz das Pussy Riot em 2012 Reuters/Maxim Shemetov

O grupo activista feminista Pussy Riot (que se insurge contra o sexismo e o regime autocrático de Vladimir Putin) informou esta quinta-feira que um dos seus membros, Piotr Verzilov, foi transportado para o hospital em estado grave. As Pussy Riot – que estiveram em Paredes de Coura este Verão – acreditam que Verzilov foi envenenado.

A activista anti-Putin das Pussy Riot Veronika Nikulshina diz que Piotr Verzilov começou a dizer que não conseguia ver, tendo depois “perdido a capacidade de falar e depois a capacidade de caminhar”. Verzilov é casado com Nadejda Tolokonnikova, uma activista política que foi condenada a dois anos de prisão por ter ocupado em 2012 com as amigas o altar da Catedral de Cristo Salvador, em Moscovo, dançando e entoando cânticos de oposição a Putin. À data, Verzilov, que também tem nacionalidade canadiana, foi porta-voz do grupo feminista.

“O Piotr pode ter sido envenenado. Está agora em estado grave no departamento de toxicologia [de um hospital em Moscovo]”, escreveu Tolokonnikova no Twitter. Segundo o site Meduza, não foi dada permissão à mãe de Verzilov para o visitar no hospital.

Piotr Verzilov esteve preso durante 15 dias este ano, juntamente com três outras mulheres, por ter invadido o campo e interrompido o jogo final do Mundial de Futebol (entre a França e a Croácia), em Moscovo.

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Verzilov durante a invasão ao campo na final do Mundial Christian Hartmann/REUTERS
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