Os Estados europeus devem olhar mais para os cidadãos, diz Marcelo

Presidente agradece a Juncker por ter enfrentado “sem medo” os problemas da UE e salienta o risco de o projecto europeu “sofrer” se não houver convergências dos Estados sobre os problemas que afectam os seus cidadãos.

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Marcelo Rebelo de Sousa LUSA/Tiago Petinga

Marcelo Rebelo de Sousa ouviu o discurso do presidente da Comissão Europeia sobre o Estado da União e destacou uma ideia central: “Ou os Estados europeus se unem e olham mais para os cidadãos europeus, ou então o projecto europeu sofre.”

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Marcelo Rebelo de Sousa ouviu o discurso do presidente da Comissão Europeia sobre o Estado da União e destacou uma ideia central: “Ou os Estados europeus se unem e olham mais para os cidadãos europeus, ou então o projecto europeu sofre.”

Juncker defendeu esta quarta-feira que só uma Europa “forte e unida” será capaz de responder a desafios como as alterações climáticas, o terrorismo, a globalização e revolução digital, as relações internacionais, o "Brexit" e as migrações — que ajudam a explicar o sentimento de insegurança, desconfiança e insatisfação dos eleitores europeus”.

O Presidente da República concorda: “A Europa precisa do projecto europeu e o mundo precisa da Europa como factor de equilíbrio. Mas isso depende de os Estados encontrarem convergências e olharem mais para os cidadãos”, insistiu.

Antes, quis homenagear o presidente da Comissão Europeia no momento em que fez o seu último discurso do Estado da União e ao qual os eurodeputados portugueses já reagiram: “Há que agradecer-lhe o ter sido presidente da CE com altos e baixos, em que teve de enfrentar uma situação muito difícil, de um mundo em que alguns aliados da Europa, como os EUA, ameaçaram entrar numa guerra comercial com a Europa, em que houve problemas com vizinhos da Europa, como a Federação Russa, em que a Europa enfrentou debates sobre as migrações e em que houve períodos críticos em termos económicos e financeiros. E sem medo, num período complicadíssimo”, sublinhou.