Políticas portuguesas no turismo devem "ser replicadas"

No Fórum de Líderes Europeus fala-se da promoção da época baixa e de medidas de sustentabilidade para uma melhoria da qualidade do turismo.

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Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, sublinha a necessidade de se apostar na aventura e natureza como opções de turismo Marco Duarte

As políticas no sector do turismo em Portugal "devem ser replicadas" face aos resultados muito positivos, argumentou esta terça-feira a presidente do WTTC - World Travel & Tourism Council, Gloria Guevara Manzo, num fórum da organização, a decorrer em Lisboa.

Na abertura do Fórum de Líderes Europeus do WTTC, a presidente enumerou os números recorde do turismo em Portugal, que considerou como "crescimento impressionante" e notando não se tratar apenas de "quantidade, mas qualidade".

"As pessoas que chegam e ficam cá têm impacto no Produto Interno Bruto. Temos que perguntar como fizeram e replicar as políticas daqui [Portugal]", argumentou a responsável, precisando que um em cada cinco empregos em Portugal depende do sector turístico.

Logo de seguida, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, enumerou cinco pontos seguidos pelo Governo no sector, cujo sucesso foi justificado pelo "trabalho conjunto" que Governo empresas têm feito.

À plateia de representantes nacionais e internacionais do sector, o governante recordou a estratégia de 10 anos desenhada para o turismo e "muito discutido com o sector privado".

Em cima da mesa da estratégia do país têm estado questões da sazonalidade e a promoção da época baixa para garantir maior sustentabilidade nos alojamentos e nos empregos.

Outro caminho seguido é disseminar o turismo por outras zonas do país, promovendo além de cidades, as opções por aventura ou natureza e apostando "em áreas com menor desenvolvimento e oportunidades de trabalho", segundo Caldeira Cabral.

O governante referiu ainda que "não se pode crescer, sem investimento" e que, por isso, foram lançadas linhas de financiamento e o resultado foram, nomeadamente, hotéis inovadores e modernizados.

"Inovação é chave para este sector. Não há nada tradicional no turismo" sublinhou ainda o ministro, referindo como a internet é essencial para marcar as viagens e que Portugal também está apostar na área da inovação e a trabalhar com startups.

Para explicar o crescimento a dois dígitos no turismo estão também as mudanças introduzidas na formação, em colaboração com os agentes do sector, porque esta é uma área "sobre pessoas".

O ministro encerrou a sua intervenção com a afirmação de que Portugal também está a percorrer o caminho da sustentabilidade, através da aposta nas energias renováveis.

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