Novo romance de Hélia Correia e inédito de Foucault nas novidades da Relógio d'Água

O livro Um bailarino na batalha é o primeiro romance de Hélia Correia depois de Adoecer (2010).

Foto
Hélia Correia NFACTOS / FERNANDO VELUDO

 Um novo romance de Hélia Correia, Prémio Camões 2015, um inédito de Michel Foucault e uma edição de O Banquete, de Platão, com as ilustrações da pintora Maria Helena Vieira da Silva, são algumas das novidades editoriais da Relógio d'Água.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

 Um novo romance de Hélia Correia, Prémio Camões 2015, um inédito de Michel Foucault e uma edição de O Banquete, de Platão, com as ilustrações da pintora Maria Helena Vieira da Silva, são algumas das novidades editoriais da Relógio d'Água.

Entre as obras a publicar até ao final do ano está o livro Um bailarino na batalha, o primeiro romance de Hélia Correia depois de Adoecer (2010), e o quarto volume inédito de História da Sexualidade (As confissões da carne), de Michel Foucault.

A editora de Francisco Vale vai lançar também O Banquete, do filósofo Platão, com tradução de Maria Teresa Schiappa de Azevedo, que será dado a conhecer com as 39 ilustrações que Maria Helena Vieira da Silva fez para a obra saída em França, no início da década de 1970.

Suíte e Fuga, de Rui Nunes, é outra das novidades da Relógio d'Água, que vai continuar a edição das obras de Agustina Bessa-Luís, com As Estações da Vida, prefaciadas por António Barreto, O Susto, com prefácio de António Feijó, e Vento, Areia e Amoras Bravas, com ilustrações de Mónica Baldaque.

O Livro da Dança e a reedição de Atlas do Corpo e da Imaginação são os dois títulos a publicar de Gonçalo M. Tavares.

A Relógio D'Água vai lançar também o há muito esgotado Lisboa- Livro de Bordo, de José Cardoso Pires, com fotografias de José Carlos Nascimento.

Da escritora Cristina Carvalho, a editora vai publicar A Saga de Selma Lagerlöf, um romance biográfico sobre a escritora sueca.

Com organização de Maria Filomena Mónica, serão reunidas As Farpas, de Eça de Queiroz, numa edição autónoma e integral.

De Portugal, da Europa e do Mundo - Reflexões de Economia e Política reúne artigos e conferências de Vítor Bento, "que permitem uma visão actualizada da sociedade portuguesa e das dinâmicas da sua inserção na Europa e no mundo", segundo o editor.

Do professor Bernardo Pinto de Almeida, será publicado o ensaio Arte e Infinitude, em colaboração com Serralves.

Na área da ficção, em tradução recente, a editora destaca Assimetria, de Lisa Halliday, Mrs. Osmond, de John Banville, que dá continuidade à vida de Isabel Archer, a protagonista de Retrato de Uma Senhora, de Henry James.

De Michael Ondaatje, recentemente vencedor do Golden Man Booker Prize com a obra O Doente Inglês, sairá, além deste romance, a sua mais recente obra, Warlight, nomeado para o Prémio Man Booker 2018.

A Relógio d'Água vai também lançar Coisas que não quero saber, de Deborah Levy, e Eu Vou, Tu Vais, Ele Vai, de Jenny Erpenbeck, além de continuar a publicar a obra de Yu Hua, em tradução, a partir do chinês, de Tiago Nabais.

O próximo título, um dos principais deste autor, será Viver.

A editora dá ainda particular destaque à edição de três obras de Javier Marías: "as desconcertantes biografias" reunidas em Vidas Escritas e os livros de crónicas Juro não Dizer nunca a Verdade e Quando os Tontos Mandam.

Outra novidade é o regresso de A História (La storia, no original), a obra mais conhecida da escritora italiana Elsa Morante, que foi casada com o também escritor e jornalista Alberto Moravia.

Entre os clássicos, destacam-se Os Últimos Escritos e Ressurreição, de Lev Tolstoi, ambos com tradução de António Pescada, O Mayor de Casterbridge, de Thomas Hardy, com tradução de José Miguel Silva, e Os Sonâmbulos, de Hermann Broch, traduzido por António Sousa Ribeiro.

De Tchékhov, sairá a biografia escrita por Ígor Sukhikh, a partir das cartas e diários do escritor russo.

O Pangolim e Outros Poemas, de Marianne Moore, traduzido por Margarida Vale de Gato, será um dos títulos de poesia a publicar, outro é A Chama, que reúne inéditos de Leonard Cohen, em tradução de Inês Dias.

No que respeita a ensaios, serão ainda publicados No Verão, de Karl Ove Knausgård, As Variedades da Experiência Religiosa de William James, e Tens de Mudar de Vida, de Peter Sloterdijk.