Novak Djokovic iguala Pete Sampras

Sérvio derrotou Del Potro na final do Open dos EUA e chegou ao 14.º título no Grand Slam.

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Reuters/Danielle Parhizkaran

Quando, em 2002, Pete Sampras conquistou o seu 14.º título no Grand Slam, muitos pensaram que era um registo inigualável e poucos acreditaram que, um dia, alguém pudesse bater essa marca. Mas ninguém projectou que, 16 anos depois desse triunfo de Sampras, três jogadores tivessem já alcançado esse número de troféus em majors. Novak Djovic foi o terceiro, após derrotar Juan Martín del Potro na final do Open dos EUA.

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Quando, em 2002, Pete Sampras conquistou o seu 14.º título no Grand Slam, muitos pensaram que era um registo inigualável e poucos acreditaram que, um dia, alguém pudesse bater essa marca. Mas ninguém projectou que, 16 anos depois desse triunfo de Sampras, três jogadores tivessem já alcançado esse número de troféus em majors. Novak Djovic foi o terceiro, após derrotar Juan Martín del Potro na final do Open dos EUA.

Este foi o corolário de um fantástico Verão do sérvio, que venceu o torneio de Wimbledon (Julho), o Masters 1000 de Cincinnati (Agosto) e agora o Open dos EUA (Setembro). Djokovic já tinha feito igual, em 2011, ao triunfar nesse dois Grand Slams e num Masters 1000 (Canadá), mas esta proeza tem outro sabor já que, em Janeiro, foi submetido a uma intervenção cirúrgica ao cotovelo direito – já depois de vários meses de paragem competitiva.

“Sinto que a minha mentalidade não se compara a qualquer outro ano, porque a minha vida virou-se de pernas para o ar, com muitas coisas que aconteceram: fui pai duas vezes, estive afastado do circuito seis meses, fui operado… Esperava, sinceramente, voltar a um elevado nível bastante rapidamente após a cirurgia, mas levei três, quatro meses. Nesse processo, aprendi muito sobre mim próprio, a ser paciente, o que nunca foi um ponto forte meu”, explicou Djokovic, após vencer Del Potro, por 6-3, 7-6 (7/4) e 6-3.

O encontro de 3h16m foi um daqueles em que ambos os protagonistas fizeram mais erros que winners. Mas a intensidade e a velocidade com que a larga maioria dos pontos foi disputada compensaram. O segundo set, de 1h36m, acabou por ser chave, já que, depois de recuperar de 1-3, Del Potro desperdiçou quatro break-points para ganhar um quarto jogo consecutivo. E, no tie-break, o argentino liderou por 3/1 antes de um erro dar a possibilidade a Djokovic de servir a 5/4.

Del Potro não deixou de lutar no terceiro set, ainda recuperou de 1-3, mas, ao fim de três horas, as energias para acreditar que podia ganhar um segundo título no Open dos EUA começaram a abandoná-lo. A 3-4, uma dupla-falta abriu caminho para o break fatal e Djokovic não desaproveitou. Deixou-se cair no court, abraçou longamente Del Potro e foi abraçar a família e equipa técnica; o argentino sentou-se a chorar.

“Falar com vocês deve ser a pior parte do dia. Tenho estado a chorar até agora, mas Novak mereceu. Tive as minhas oportunidades no segundo set, estive quase sempre a jogar nos limites. Fiz um bom torneio, mas foi uma dura derrota, pus muita paixão na final”, admitiu Del Potro, vencedor da prova em 2009 e quarto na tabela ATP.

Pela primeira vez desde 5 de Abril de 2015, Rafael Nadal, Roger Federer e Djokovic ocupam os três primeiros lugares do ranking mundial, com o sérvio em boa posição para terminar a época na liderança. E esta não deverá ser a última vez que nos corredores de um estádio se ouvirá Djokovic e equipa técnica gritar “This is Spaaaarta!”