Força Aérea salva 150 migrantes após naufrágio no Mediterrâneo central

Militares portugueses largaram, a partir do ar, jangadas salva-vidas auto-insufláveis.

Foto
Foto de arquivo Médicos sem fronteiras

A Força Aérea portuguesa salvou esta semana, no Mediterrâneo central, 150 migrantes que se encontravam na água ou à deriva após uma embarcação de borracha sobrelotada ter naufragado, informou este domingo o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Força Aérea portuguesa salvou esta semana, no Mediterrâneo central, 150 migrantes que se encontravam na água ou à deriva após uma embarcação de borracha sobrelotada ter naufragado, informou este domingo o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).

Em comunicado, o EMGFA adiantou que, no total, a aeronave P-3C da Força Aérea Portuguesa em missão no Mediterrâneo central, integrada na operação militar Sofhia, da Força Naval da União Europeia, detectou, esta semana, a norte da Líbia, duas embarcações sobrelotadas com migrantes. Uma delas naufragou com centena e meia de pessoas a bordo.

O EMGFA precisa que os militares portugueses largaram, a partir do ar, jangadas salva-vidas auto-insufláveis, o que permitiu salvar cerca de 150 migrantes que se encontram na água ou à deriva agarrados a diversos objectos flutuantes.

A guarda costeira líbia recolheu, posteriormente, os náufragos com vida.

Segundo o Estado-Maior-General das Forças Armadas, as embarcações de borracha detectadas navegavam em direcção ao sul da Europa, numa das rotas da imigração irregular que ainda se mantém activa.

Portugal participa regularmente na operação militar Sofhia, que decorre no Mediterrâneo central, estando actualmente a Força Aérea a contribuir com um destacamento de 30 militares e uma aeronave de vigilância marítima P-3C da Esquadra 601-Lobos, na Base Aeronaval de Sigonella, em Itália.

A missão primária dos militares portugueses nesta operação tem como objectivo contribuir para "o desmantelamento do modelo de negócio das redes de introdução clandestina de migrantes e tráfico de pessoas, bem como para o combate ao contrabando de combustíveis no Mediterrâneo central".

A aeronave da Força Aérea portuguesa desempenha ainda acções para a identificação de navios que constam nas bases de dados internacionais, conhecidos ou suspeitos de exercerem actividades associadas ao financiamento ilícito e indirecto de organizações criminosas ou associadas ao terrorismo transnacional, refere o EMGFA.

Portugal participa ainda nesta missão com mais quatro militares, dois no quartel-general da operação em Roma e dois a bordo do navio-almirante, o navio da marinha italiana San Marco.

A missão termina a 30 de Setembro.