Parada militar para celebrar 70 anos da Coreia do Norte sem mísseis de longo alcance

O presidente do parlamento chinês, terceiro na hierarquia de Pequim, esteve ao lado de Kim Jong-un na cerimónia.

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 A Coreia do Norte realizou neste domingo um desfile militar para assinalar o 70.º aniversário da fundação do país, mas não mostrou os mísseis balísticos intercontinentais, que estiveram na origem de sanções internacionais.

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 A Coreia do Norte realizou neste domingo um desfile militar para assinalar o 70.º aniversário da fundação do país, mas não mostrou os mísseis balísticos intercontinentais, que estiveram na origem de sanções internacionais.

Soldados, artilharia e tanques integraram o desfile perante o líder norte-coreano Kim Jong-un no centro de Pyongyang, a capital do país, numa cerimónia em que apenas foram expostos mísseis de curto alcance, segundo a agência de notícias AFP.

O desfile militar, que durou cerca de uma hora e meia, foi o primeiro desde que Kim Jong-un e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinaram em Junho uma declaração conjunta em Singapura, prometendo trabalhar para a desnuclearização da Coreia do Norte.

Ao lado de Kim esteve o chefe do parlamento chinês, Li Zhanshu, o terceiro na hierarquia de Pequim, e delegações de alto nível de países que mantêm relações diplomáticas com o regime norte-coreano.

O líder do parlamento da Coreia do Norte, Kim Yong-nam, deu o tom a uma retórica relativamente mais suave para o que era habitual em desfiles anteriores, com um discurso de abertura da cerimónia que enfatizou os objectivos económicos do país, em detrimento do seu poder nuclear.

Os presidentes da China e da Rússia, Xi Jingping e Vladimir Putin, enviaram mensagens de felicitações a Kim Jong-un, informou agência estatal de notícias KCNA.

Xi destacou a "política inabalável" do seu país para melhorar as relações com a Coreia do Norte, pode ler-se na mensagem publicada pela KCNA. "O Partido [Comunista] e o Governo chinês dão a máxima prioridade às relações de amizade e cooperação entre a China e a República Popular Democrática da Coreia, e à sua política firme para defender, construir e desenvolver com sucesso relações bilaterais".

Já Vladimir Putin sublinhou na mensagem enviada a Kim a importância de aprofundar os laços e promover a paz na região.

O Presidente russo disse estar convencido de que "o diálogo bilateral e a cooperação construtiva em várias áreas serão melhorados graças aos esforços conjuntos", o que contribuirá para fortalecer a estabilidade e a segurança na península coreana e no nordeste da Ásia.

Depois do desfile, já à noite, seguiu-se uma festa num centro desportivo.