Frederico Varandas toma posse às 19h em Alvalade

Novo presidente do Sporting prometeu levar em breve para o museu “a taça de campeão nacional”. O ex-director clínico do clube toma posse este domingo.

Varandas com a medalha de prata, de finalista da Taça de Portugal, na mão
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Varandas com a medalha de prata, de finalista da Taça de Portugal, na mão LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO
Varandas durante o discurso; mais à direita Rogério Alves, o novo presidente da Mesa da Assembleia Geral
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Varandas durante o discurso; mais à direita Rogério Alves, o novo presidente da Mesa da Assembleia Geral LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

Esperou muito para poder festejar mas vai tomar posse menos de 24h depois de conhecidos os resultados das eleições do Sporting: Frederico Varandas, escolhido pelos sportinguistas para suceder a Bruno de Carvalho e uma crise repleta de episódios inéditos, toma já posse este domingo. A cerimónia vai decorrer no auditório Artur Agostinho, no Estádio José Alvalade, às 19h.

O médico de 38 anos estava emocionado e um pouco nervoso quando finalmente falou às centenas de adeptos que esperaram pelos resultados finais – inicialmente previstos para entre as 22h30 e as 23h, acabaram por só serem divulgados já bem depois das 2h. E já passava das 3h quando Varandas subiu ao palco montado junto ao estádio para fazer um discurso de união e deixar uma promessa.

“Vou tirar do bolso uma coisa que guardei no dia 20 de Maio e que nunca mais tive coragem de olhar para ela. A medalha de prata, de finalista da Taça de Portugal, de 20 de Maio”, disse, enquanto tirava a medalha do bolso. “É esta medalha que, mais cedo ou mais tarde, irá para o museu com a taça de campeão nacional. Eu prometo. É uma missão que vou cumprir até ao fim. Viva o Sporting.”

Depois de dar os parabéns aos sócios pelo “acto eleitoral mais concorrido em 112 anos” de história, descreveu o dia em que mais de 22 mil associados foram às urnas como “uma vitória da independência, da resistência e da superação”, de um clube que “não vai ceder, não vai vacilar e nunca vai abdicar dos seus valores, dos seus ideais”.

Varandas integrou a estrutura do Sporting durante a presidência de Godinho Lopes e permaneceu no clube nos mandatos de Bruno Carvalho. Saiu em Maio por não se rever “na faceta autocrática e sectária” do presidente que seria destituído dali a um mês. Foi o primeiro a avançar com o anúncio da sua candidatura, numas eleições que acabaram por ter seis listas.

O candidato da lista D acabou por vencer com 45.019 votos, que se traduziram em 42,32%. Mais 6% que João Benedito, o ex-campeão de Futsal do Sporting, que, apesar de ter tido mais votantes que Varandas (9.735 contra 8.717) teve menos votos – o tempo de sócio define o número de votos a que tem direito cada inscrito nos Cadernos Eleitorais.

“Unir o Sporting é colocar os interesses do Sporting acima dos interesses individuais. Unir o Sporting é colocar o amor ao Sporting acima de tudo. Fui um candidato independente e serei um presidente independente. O único compromisso que terei é com os adeptos do Sporting”, prometei, depois de ter elogiado os adversários. 

“A minha primeira palavra vai para os candidatos à presidência do Sporting. Rui Rego, Dias Ferreira, José Maria Ricciardi, João Benedito e Fernando Tavares: a todos ele saúdo e as todas as pessoas que acompanharam as suas listas. Eram sportinguistas como eu, como vocês e como 3,5 milhões. Somos todos Sporting Clube de Portugal”, sublinhou antes de deixar uma palavra especial para o segundo candidato com mais votos, “um grande atleta” que “faz parte da história e fará sempre parte da história do Sporting.”

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