Osaka quis muito defrontar Serena

Dezasseis anos separam as finalistas do Open dos EUA.

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Reuters/Geoff Burke

“Mãe, consegui!”, exclamou Naomi Osaka na direcção da sua família, após garantir a presença na final do Open dos EUA, a primeira de uma japonesa no Grand Slam. A alegria e ingenuidade da jogadora de 20 anos contrastaram com a compenetrada e sólida exibição que realizou diante de Madison Keys, a quem negou todos os 13 break-points que enfrentou. “Isto vai parecer muito mal, mas eu só pensava que queria muito defrontar Serena”, explicou Osaka, vencedora, por 6-2, 6-4.

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“Mãe, consegui!”, exclamou Naomi Osaka na direcção da sua família, após garantir a presença na final do Open dos EUA, a primeira de uma japonesa no Grand Slam. A alegria e ingenuidade da jogadora de 20 anos contrastaram com a compenetrada e sólida exibição que realizou diante de Madison Keys, a quem negou todos os 13 break-points que enfrentou. “Isto vai parecer muito mal, mas eu só pensava que queria muito defrontar Serena”, explicou Osaka, vencedora, por 6-2, 6-4.

Na mais jovem meia-final do Open dos EUA desde 2009, Osaka (19.ª mundial) soube bloquear pensamentos que poderiam retirar-lhe o foco: estar numa meia-final de um major pela primeira vez e nunca ter derrotado Keys (14.ª), de 23 anos, nos três duelos anteriores.

Logo no quarto jogo, a japonesa recuperou de 0-40 e anulou quatro break-points. No jogo seguinte, quebrou Keys – cuja velocidade média da pancada de direita foi cronometrada neste Open a 128 km/h. E quando voltou a servir, Osaka ultrapassou mais dois break-points para, de seguida, quebrar, em branco, a destroçada norte-americana.

No recomeço, Keys cedeu novamente o serviço, mas não desistiu. Num jogo de 13 minutos e 22 pontos, a finalista de 2017 dispôs de mais seis break-points, só que a japonesa não cedeu e manteve a vantagem (2-0) até ao fim, anulando um último break-point, no oitavo jogo. A servir para fechar o encontro, Osaka perdeu o primeiro ponto, mas não tremeu e só pensava: “Não faças uma dupla-falta”.

Nascida em Osaka em Outubro de 1997, a japonesa residente na Flórida desde os três anos vai cumprir o desejo de defrontar o seu ídolo. “Porquê? Porque é a Serena!” Desafiada pelo entrevistador a enviar uma mensagem à futura adversária, Osaka respondeu, com risinhos: “Adoro-te!”

Na primeira meia-final, Serena foi mesmo… Serena. Doze meses depois de ter sido mãe – num parto complicado que colocou a sua vida em perigo –, a hexacampeã do Open voltou a exibir o ténis dominante que a levou à conquista de 23 títulos do Grand Slam e afastou Anastasija Sevastova (18.ª), por 6-3, 6-0, em 1h05m.

A norte-americana de 36 anos ganhou 24 pontos dos 28 disputados na rede para superiorizar-se à letã, que acusou a sua estreia nesta fase de um major.

Após garantir a presença no derradeiro encontro do Open, pela primeira vez desde 2014, Serena revelou quando começou a pensar na final: “Na primeira ronda. Assim, não fico demasiado entusiasmada por chegar aos quartos ou às meias.”