Fenprof reitera greve em Outubro caso falhem as negociações com Governo

Esta é uma das acções de luta divulgadas nesta quarta-feira no Encontro Nacional de Quadros Sindicais onde esta a ser analisada e será aprovada uma moção a entregar ao primeiro-ministro.

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Rui Gaudencio

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) reiterou nesta quarta-feira que vai realizar uma greve entre 1 e 4 de Outubro caso a reunião com o Ministério da Educação sobre contagem do tempo de serviço, prevista para sexta-feira, seja inconclusiva.

Esta é uma das acções de luta divulgadas nesta quarta-feira pelo secretário-geral da Fenprof durante o Encontro Nacional de Quadros Sindicais onde esta a ser analisada e será aprovada uma moção a entregar no gabinete do primeiro-ministro.

Mário Nogueira disse ainda que a 5 de Outubro, Dia Mundial dos Professores, será realizada uma manifestação em Lisboa.

"O compromisso que, se a negociação correr mal na próxima sexta-feira, passa por dinamizar os plenários que serão realizados em todas as escolas na abertura do ano lectivo, distribuir aos pais e encarregados de educação um texto explicando por que lutam os professores, garantir uma grande greve na semana de 1 a 4 de Outubro e uma manifestação enormíssima a 5 de Outubro", explicou.

Para sexta-feira está marcada uma reunião entre os sindicatos e o Ministério da Educação para negociar a contagem do tempo de serviço dos professores e a Fenprof reivindica a contagem de nove anos, quatro meses e dois dias, mas o Governo já disse que não tem orçamento para acomodar esta exigência.

Em previsão, adiantou, está também uma manifestação na Assembleia da República quando o Governo entregar a proposta de Orçamento do Estado, quando o ministro se deslocar ao parlamento para debater o orçamento especifico para a educação e ainda a possibilidade de uma greve a toda a actividade não lectiva de estabelecimento e às reuniões, por tempo prolongado, caso os horários de trabalho dos professores não se regularizem.

Na intervenção inicial no encontro com os dirigentes, Mário Nogueira disse que os motivos da luta dos professores são conhecidos de todos e que, quando terminou a greve às avaliações, a 13 de Julho, se sabia que esta não tinha terminado.

"Nenhum dos problemas que afectam o desempenho profissional dos professores e dos educadores, a sua estabilidade ou a sua carreira foi resolvido! Nenhuma medida foi tomada para atenuar a situação de desgaste e exaustão emocional em que, comprovadamente, se encontram, como nada foi feito para garantir o seu rejuvenescimento", referiu o secretário-geral da Fenprof.

Segundo o dirigente sindical, também está por cumprir o reposicionamento na carreira.

"Estamos conscientes que a contagem do tempo de serviço dos professores é assunto do OE para 2019, mas também estamos certos que antes de negociarem o próximo orçamento com o governo, PCP, BE e PEV quererão avaliar o grau de cumprimento do que vai expirar e exigirão que este, o de 2018, seja integralmente cumprido", disse.

Do encontro de dirigentes, delegados e activistas sindicais, Mário Nogueira diz querer que sai a certeza de que todos assumem o compromisso de luta e de mobilização nas escolas.

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