Presidente esloveno preocupado com grupo armado de extrema-direita

Milícia ilegal é liderada por um antigo candidato presidencial que tem expressado declarações xenófobas.

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Imagem retirada do vídeo partilhado no Facebook DR

O Presidente da Eslovénia, Borut Pahor, declarou-se nesta terça-feira preocupado após a divulgação de um vídeo através das redes sociais em que é visível um grupo de cerca de 70 homens armados e de cara tapada liderados pelo ex-candidato presidencial de extrema-direita Andrej Sisko. O radical, que já esteve preso por tentativa de homicídio, disse que o seu grupo estava a treinar para “assegurar a paz e ordem pública” no país.

Sisko, que obteve 2,2% dos votos nas últimas presidenciais, disse à Reuters que não cometeu qualquer acto ilegal, apesar de admitir que o seu grupo utilizava armas não registadas.

Esta terça-feira, e perante a controvérsia gerada com a divulgação do vídeo, Pahor declarou que grupos paramilitares não têm lugar na Eslovénia, "um país seguro em que nenhum grupo não autorizado precisa ou pode tomar conta da segurança do país e das suas fronteiras”.

A actividade do grupo vai ser investigada pela polícia. Sisko afirma que a sua milícia é composta por “várias centenas de pessoas”, todas voluntárias. “A polícia ainda não veio ter comigo, mas estou à espera da sua visita. Não estamos a fazer nada de errado e até estaríamos interessados em cooperar com a polícia”, disse o extremista, que nos últimos anos tem tecido críticas à presença de imigrantes na Eslovénia, dizendo que estes só podem entrar no país se aceitarem a cultura nacional.

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Andrej Sisko SRDJAN ZIVULOVIC/REUTERS
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