Empreendimento de Vale do Lobo pede instrução no caso Sócrates

Antigo primeiro-ministro só tem até quinta-feira para tentar evitar julgamento. Até esta terça-feira, 12 dos 28 arguidos já pediram abertura desta fase facultativa do processo penal em que um juiz decide se há indícios suficientes para levar os acusados a julgamento.

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A defesa de José Sócrates só tem até quinta-feira para tentar evitar julgamento LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Duas empresas ligadas ao empreendimento turístico de Vale do Lobo, no Algarve, pediram esta terça-feira a abertura de instrução na Operação Marquês, uma fase facultativa que pretende avaliar se há indícios suficientes para sujeitar os acusados a julgamento.

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Duas empresas ligadas ao empreendimento turístico de Vale do Lobo, no Algarve, pediram esta terça-feira a abertura de instrução na Operação Marquês, uma fase facultativa que pretende avaliar se há indícios suficientes para sujeitar os acusados a julgamento.

A informação é da Procuradoria-Geral da República, que adianta que esta terça-feira mais cinco dos 28 arguidos acusados neste caso apresentaram requerimentos para tentar evitar ir a julgamento. O prazo termina esta quinta-feira e até agora a defesa do ex-primeiro-ministro José Sócrates, que está no centro deste caso de corrupção, ainda não pediu a instrução, não se sabendo se pretende fazê-lo.

Com os sete pedidos feitos esta segunda-feira, sobe para 12 o número de requerimentos apresentados para um juiz avaliar se o caso é arquivado ou segue para julgamento. Além das duas empresas ligadas a Vale do Lobo, esta terça-feira apresentaram o pedido de instrução o empresário luso-brasileiro Hélder Bataglia, o advogado Gonçalo Ferreira e Rui Mão de Ferro, ambos próximos do empresário Carlos Santos Silva, o alegado testa-de-ferro de Sócrates. As defesas de outros três arguidos confirmaram que vão apresentar um pedido semelhante até quinta-feira. Tratam-se do ex-ministro socialista Armando Vara, de Carlos Santos Silva e do presidente do grupo que gere Vale do Lobo, Diogo Gaspar Ferreira.

Na segunda-feira pediram a abertura desta fase facultativa do processo penal os gestores Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, antigos homens-fortes da PT, o fundador do Grupo Lena Joaquim Barroca, três empresas deste grupo e a filha de Vara, Bárbara Vara.