Mercadona duplica meta de abertura de lojas para 2019

Desde que anunciou a expansão para Portugal, a retalhista alimentar espanhola já reviu várias vezes as estimativas - vão ser investidos mais 75 milhões e criados mais 300 empregos. Mas só se compromete em abrir no segundo semestre

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Maior grupo de retalho alimentar espanhol é liderado por Juan Roig LUSA/MANUEL BRUQUE

O grupo de retalho alimentar espanhol Mercadona aprovou a sua expansão para Portugal no Verão de há dois anos. Em Junho de 2016, anunciava publicamente que iria abrir quatro lojas em território português – naquela que era a sua primeira internacionalização fora de Espanha, onde era dona de 1.574 supermercados na altura -, criando 200 postos de trabalho e investindo 25 milhões de euros.

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O grupo de retalho alimentar espanhol Mercadona aprovou a sua expansão para Portugal no Verão de há dois anos. Em Junho de 2016, anunciava publicamente que iria abrir quatro lojas em território português – naquela que era a sua primeira internacionalização fora de Espanha, onde era dona de 1.574 supermercados na altura -, criando 200 postos de trabalho e investindo 25 milhões de euros.

Porém, as metas foram revistas em alta, desde aí. Em Março deste ano, na apresentação anual de resultados, o presidente executivo (CEO) e maior accionista da empresa, Juan Roig, “adicionou” mais cinco lojas ao plano original. Contudo, na altura, Roig não avançou nem as datas de abertura das "novas" cinco unidades em Portugal, nem o valor do investimento.

Hoje, 3 de Setembro, e de acordo com o comunicado enviado às redacções, o grupo espanhol explica que, por decisão do comité de direcção da Mercadona (que não tem capital aberto em bolsa) decidiu “avançar com a abertura de 8 a 10 lojas em Portugal no segundo semestre de 2019”. Explica, todavia, que “o número final será definido em função da evolução das licenças e o avanço das obras”. As lojas “vão estar localizadas nos distritos do Porto, Braga e Aveiro”, acrescenta a comunicação.

O compromisso implica uma revisão em alta do investimento inicialmente orçamentado e do emprego estimado. “Aos 25 milhões de euros de investimento inicialmente previstos”, salienta a gestão da Mercadona, “somam-se agora mais 75 milhões, alcançando um total de investimento de 100 milhões de euros para o arranque da expansão em Portugal”.

A expansão da retalhista espanhola em território vizinho começou com a criação, ainda em 2016, da sociedade portuguesa Irmãdona – que tem sede em Matosinhos, onde se situa igualmente o Centro de Co-inovação do grupo neste país. O grupo, que desde logo começou a registar marcas próprias (da distribuição, por oposição a marcas da indústria) em Portugal, está “também a construir, em duas parcelas com uma área total de 50.000 metros quadrados na Póvoa de Varzim, um bloco logístico que servirá para o desenvolvimento da actividade logística em Portugal”.

Como maior expansão requer mais colaboradores, “a empresa prevê criar cerca de 300 postos de trabalho que, somados aos 200 já existentes, totalizam 500 colaboradores em Portugal”. 

Mas há ainda uma outra alteração – segundo é avançado esta segunda-feira, e diferente do igualmente estimado em Março deste ano. É que não está prevista nenhuma abertura no primeiro semestre de 2019, comprometendo-se agora a gestão da Mercadona com o período após Junho do próximo ano.