Miguel Barral criou a Fora para proteger os olhos do sol

A marca é jovem e o dono também. O objectivo é marcar terreno no mercado nacional e apostar no internacional.

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Miguel Barral tinha pouco mais de 20 anos quando usou os primeiros óculos de sol e, por essa altura, nem lhe passava pela cabeça que iria fazer destes objectos o seu negócio. Começou quase por brincadeira e hoje, aos 29 anos, já vai abrir a terceira loja física, em Lisboa. A marca chama-se Fora e os óculos de sol são feitos à mão.

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Miguel Barral tinha pouco mais de 20 anos quando usou os primeiros óculos de sol e, por essa altura, nem lhe passava pela cabeça que iria fazer destes objectos o seu negócio. Começou quase por brincadeira e hoje, aos 29 anos, já vai abrir a terceira loja física, em Lisboa. A marca chama-se Fora e os óculos de sol são feitos à mão.

A primeira aventura com estes acessórios de moda começou em 2010, quando Miguel e o amigo e depois sócio João Veiga descobriram, por acaso, um armazém com óculos de sol vintage de marcas de renome. Viram ali uma oportunidade de negócio, compraram um stock para depois vender e, com o passar do tempo, começaram a ver que o negócio corria bem. Por essa altura, Miguel frequentava a licenciatura de Economia e João a de Gestão Hoteleira. Foram ganhando experiência, percebendo os gostos dos consumidores e as tendências da moda, mas sempre apaixonados pela onda vintage. Foi essa que serviu de inspiração para a Fora, criada em 2014.

Desta vez “seria uma coisa mais a sério”, conta, a começar pela produção própria, de qualidade e sem intermediários. Passaram a produzir os seus modelos à mão, com artesãos numa fábrica no Norte do país. Dali saem óculos com armação feita de acetato, um material que chega de Itália, “que não é plástico e é mais resistente, maleável e durável”, descreve. E com lentes da marca alemã Zeiss “que são de grande qualidade”.

Um par pode custar entre 98 e 160 euros. “São óculos clássicos, discretos, intemporais para usar no dia-a-dia”, pormenoriza. Os clientes podem escolher a armação e depois as lentes que quiserem e até graduá-las. Primeiro, a Fora começou por cinco modelos, grande parte deles inspirados nos óculos vintage. Hoje tem 12 modelos, um deles desenhado pelo designer Luís Carvalho.

E porquê Fora? “Porque queríamos lançar uma marca fora da caixa, diferente, que fizesse sucesso lá fora e também fosse referência no mercado nacional”, explica Miguel que está sozinho à frente da empresa há dois anos.

Por enquanto, a Fora tem uma loja física na zona do Rato e outra no Chiado e vai abrir, em breve, a terceira na Baixa de Lisboa. “Temos uma forte procura por parte dos turistas”, justifica. Quer ainda abrir um espaço comercial no Porto e, continua, “tornar a marca cada vez mais conhecida” dentro e fora de portas, nomeadamente através da loja online e clientes de retalho. Do estrangeiro os pedidos na loja online chegam sobretudo dos EUA, França e Alemanha.

A empresa tem sete funcionários, entre vendedores, designers e técnicos de óptica, incluindo o empresário. “Não queremos vender apenas óculos de sol, mas uma marca com que as pessoas se identifiquem”, conclui. Também, por isso, arrancou com um projecto de um jornal digital, o Fora Journal onde conta histórias de outros projectos portugueses com as quais mais se identifica. Para dar a conhecer aos clientes.