Belas garrafinhas

Dantes só havia uma dúzia de vermutes italianos e franceses. Agora há centenas e é uma alegria. O problema agora é outro: é a conservação.

Dantes só havia uma dúzia de vermutes italianos e franceses. Agora há centenas e é uma alegria. O problema agora é outro: é a conservação.

Os vermutes são vinhos pouco fortificados que se estragam quando oxidam. Fora do frigorífico é uma questão de dias. Dentro do frigorífico podem aguentar duas semanas mas, mesmo durante esse prazo, o sabor nunca é tão agradável como o de uma garrafa acabada de abrir. Fica-se chocado com a diferença.

São muitos os cocktails que levam vermutes mas usam-se em quantidades pequenas, pelo que nunca se chega depressa ao fim de uma garrafa. O desperdício torna-se absurdo quando se têm várias garrafas abertas de vermutes diferentes, para usar em bebidas diferentes.

Há pessoas teimosas (algumas em bares e restaurantes) que preferem usar esses vermutes estragados a deitá-los fora. Umas até se enganam a si próprias dizendo que os vermutes não se estragam. É muito provável que estas pessoas tenham o gosto habituado ao vermute oxidado.

Felizmente apareceu uma solução: é comprar as garrafinhas de 60 mililitros com caricas. As da Martini, por exemplo, saem só um bocadinho mais caras do que as garrafas grandes de litro. E o vermute é fresquíssimo. A diferença que faz num Negroni ou num Manhattan é enormemente deliciosa. Vale mesmo a pena.

Que eu saiba, infelizmente, só fazem garrafinhas do Martini Rosso. Seria estupendo poder comprar garrafinhas de Bianco Extra Dry para poder fazer Dry Martinis e outras bebidas sem ter de comprar (e deitar fora) um litro inteiro.

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