Governo “está desmascarado” sobre investimento da ferrovia

Assunção Cristas lembrou os prejuízos da CP no primeiro semestre

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Líder do CDS considera o tema da ferrovia "prioritário" Adriano Miranda

 A presidente do CDS-PP afirmou esta quarta-feira que o Governo “está desmascarado” quanto à “bandeira do investimento” nos transportes públicos, tendo em conta os 54,6 milhões de euros de prejuízos apresentados pela CP – Comboios de Portugal no primeiro semestre.

Em Viana do Castelo, depois de uma viagem a bordo de uma embarcação de mariscadores até à freguesia de Darque, Assunção Cristas reafirmou que a ferrovia é um “tema prioritário” para o CDS-PP, lamentando que os partidos da maioria na Assembleia da República não tivessem aceitado, “já esta semana”, discutir a questão.

“Entendemos que o desinvestimento na ferrovia por parte deste Governo das esquerdas encostadas, que sempre fez do investimento público e nos transportes públicos uma grande bandeira, neste momento está desmascarado”, respondeu a líder centrista quando confrontada com os números apresentados pela CP.

A CP registou 54,6 milhões de euros de prejuízo no primeiro semestre, em comparação com as perdas de 58,1 milhões de euros registadas no período homólogo, foi segunda-feira comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pela empresa.

“Tenho pena que não se possa estar já a discutir isto no Parlamento. O CDS quis que houvesse já esta semana uma discussão no Parlamento sobre esta matéria, os partidos da maioria entenderam que não era oportuno ou que não era prioritário. Para nós, este tema é prioritário”, sublinhou.

Quanto à viagem pelo rio Lima, Assunção Cristas conversou com os mariscadores e pescadores daquela área e assegurou que o CDS-PP estará atento: “Há um problema de assoreamento que é preciso ser tratado para que os pescadores possam trabalhar mais horas porque agora estão muito limitados”, salientou.

“Vamos estar muito atentos. O nosso compromisso é fazermos pressão junto do Parlamento para que as entidades com competência – e não é apenas uma, são várias – possam resolver este assunto porque tem a ver com o desenvolvimento sustentável desta margem do rio que tem sido mais descurada”, afirmou.

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