Autarquia proibiu banhistas de ir à água. A razão? Um golfinho com o cio

O mamífero marinho de três metros chegou a levantar uma banhista com o seu focinho, fazendo com que a Câmara de Landévennec, em França, receasse ferimentos.

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O golfinho solitário tem três metros ANTONIO MELCOP/ARQUIVO

Um golfinho com o cio fez com que a autarquia da cidade de Landévennec, Oeste de França, proibisse as pessoas de ir à água nas praias da região, com medo de que ficassem magoadas pelo estado agitado do animal. Passada uma semana da proibição, o golfinho rumou a novas correntes e os banhos voltaram a ser permitidos esta segunda-feira, refere a estação televisiva France 3.

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Um golfinho com o cio fez com que a autarquia da cidade de Landévennec, Oeste de França, proibisse as pessoas de ir à água nas praias da região, com medo de que ficassem magoadas pelo estado agitado do animal. Passada uma semana da proibição, o golfinho rumou a novas correntes e os banhos voltaram a ser permitidos esta segunda-feira, refere a estação televisiva France 3.

O “golfinho solitário”, que tem três metros e foi apelidado de “Zafar”, começou a ir de encontro a banhistas e a embarcações. “Emitimos o decreto municipal para garantir a segurança. Vários banhistas estavam com medo – ele [o golfinho] chegou a levantar uma banhista com o seu focinho”, contou o presidente da Câmara de Landévennec, Roger Lars, citado pelo jornal Ouest France. A proibição de mergulhar e de ir a banhos estava em vigor desde 20 de Agosto.

Sami Hassani, especialista em mamíferos marinhos, disse à AFP que o golfinho poderia causar “ferimentos graves” aos banhistas com a sua barbatana caudal. Ainda assim, a decisão não foi bem recebida por todos: antes do levantamento da proibição, o advogado Erwan Le Cornec quis recorrer da decisão municipal, que considerava “exagerada”.

“Com este decreto, o presidente da câmara está a dar a entender que o golfinho é como um animal feroz, imprevisível, capaz de afogar das pessoas”, afirmava, com receio de que a a relação amigável que existe entre humanos e golfinhos se transformasse em “medo”.