IP vai “envidar todos os esforços” para desconvocar greves

A próxima semana será marcada por três greves dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal, que deverão parar o transporte ferroviário nacional.

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Nuno Ferreira Santos

A IP-Infraestruturas de Portugal está a “envidar todos os esforços possíveis” para a desconvocação das greves dos trabalhadores de comando e controlo ferroviário, convocadas pela APROFER para os dias 27, 29 e 31 de Agosto e que deverá reduzir a um quarto a circulação ferroviária.

“Ciente dos transtornos que esta greve pode acarretar, a empresa está a envidar todos os esforços possíveis para desconvocação da mesma”, respondeu a IP a questões colocadas pela agência Lusa.

A APROFER – Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário convocou três greves à prestação de trabalho nos Centros de Comando Operacional de Porto, Lisboa e Setúbal, entre as 00h00 e as 24h00, na segunda, quarta e sexta-feira da próxima semana.

A IP referiu serem também abrangidos pelos pré-avisos de greve os “trabalhadores com escalas de serviço que sejam apenas parcialmente coincidentes com os dias indicados”.

A empresa e o sindicato acordaram, no passado dia 17, estabelecer um nível de “serviços mínimos habitualmente praticado (25% para transporte de passageiros), o que significa a disponibilização de 25% dos canais aos operadores ferroviários, efectuando-se um quarto dos comboios que são realizados diariamente”.

Nos seus sites, a CP-Comboios de Portugal e a Fertagus alertaram para as “fortes perturbações” na circulação ferroviária face aos dias de greve.

A APROFER reivindica, nomeadamente, o reconhecimento oficial das carreiras de supervisão e de operação de circulação ferroviária e da permanência geral de infra-estruturas ferroviárias dos centros de comando operacional da IP do Porto, Lisboa e Setúbal.

Entre as solicitações estão ainda questões salariais e a exigência à IP e ao Governo de uma “postura de boa-fé negocial que permita a negociação colectiva”, segundo os pré-avisos de greve consultados pela agência Lusa.

A APROFER criticou a “prática reiterada de recurso à sabotagem das negociações, através de simulação de entendimentos e acordos escritos, que tardam a ser cumpridos e que resultam na degradação das relações laborais, no poder arbitrário de conduta no funcionamento dos postos de trabalho, na degradação da saúde dos trabalhadores e por fim na banalização de tratamento, num processo de trabalho, do qual dependem a segurança e a pontualidade” da ferrovia.

Ficam abrangidos por estas greves os operadores ferroviários CP, Fertagus, Medway e Takargo.

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