Prisão de Braga vai ter quarto para visitas íntimas

As novas instalações vão ser requalificadas pelos próprios reclusos.

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Paulo Pimenta/PÚBLICO

O Estabelecimento Prisional de Braga vai ter um quarto para visitas íntimas com a colaboração financeira da Câmara Municipal de Braga, anunciou esta segunda-feira o presidente daquela autarquia.

À margem de uma visita àquele estabelecimento para acompanhar o trabalho de um grupo de reclusos que estão a colaborar na construção de uma instalação artística a apresentar na Noite Branca, Ricardo Rio adiantou que o assunto irá "brevemente" ser analisado pelo executivo camarário.

"Temos colaborado a diversos níveis, tentado fazer vários diversos melhoramentos [no estabelecimento prisional], como o campo de jogos. Estamos neste momento a trabalhar num outro projecto para a requalificação de edifícios para criação de um espaço de visitas privativas que irá a reunião de câmara em Setembro, Outubro, no máximo", revelou o autarca.

As novas instalações vão ser requalificadas pelos próprios reclusos, revelando ainda que em Braga não há sobrelotação de homens, adiantou a directora do Estabelecimento Prisional de Braga, Isabel Duarte Paulo.

"Temos pensado em edificar aqui um primeiro piso dando um novo rosto à escola, há duas salas de aula, ficariam as duas salas de aula aqui e um quarto de visitas íntimas que será feito com a ajuda e colaboração financeira da câmara", apontou.

Para Isabel Paulo, "trabalho é uma ferramenta muito importante na reinserção social, é através dele que há uma ligação com a sociedade civil".

"A prisão já não é vista só como uma punição em si, é sempre associada a reinserção para que mais tarde não voltem a delinquir e se insiram na sociedade", explanou.

No Estabelecimento Prisional de Braga, vocacionado essencialmente para albergar presos preventivos, estão cerca de 90 homens – segundo Isabel Paulo, "43 estão a trabalhar" dentro de portas.

"Num estabelecimento com esta idade, que já tem alguma, é preciso sempre a manutenção. Pintura de paredes, canos, mobiliário, há um uso diário e intenso", descreveu.

A responsável disse ainda que "as principais dificuldades são conseguir o material de construção".

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