Novo cinema português mostra-se em Itália

São Jorge, de Marco Martins, Cartas da Guerra, de Ivo Ferreira, e A Fábrica de Nada, de Pedro Pinho, são alguns dos filmes portugueses a exibir no Outono em 25 cidades italianas.

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A Fábrica de Nada (2017), de Pedro Pinho DR

Mais de 25 cidades italianas acolhem, a partir de 29 de Setembro, uma programação especial dedicada ao novo cinema português, incluindo filmes premiados em festivais internacionais, como São Jorge (2016), de Marco Martins, ou Fábrica de Nada, de Pedro Pinho (2017).

Milão, Nápoles, Florença, Bari, Palermo e Trieste são algumas das cidades que vão acolher a LUSO –? Mostra Itinerante do Novo Cinema Português, indica a organização do evento, que remete para mais tarde a divulgação do calendário completo.

Além da projecção dos filmes incluídos nesta selecção, o programa prevê uma mesa redonda sobre o novo cinema português, que reunirá especialistas italianos e portugueses, a par de alguns dos cineastas cujas obras irão ser apresentadas.

Os filmes seleccionados para mostrar o mais recente cinema português ao público italiano são, além das já citadas realizações de Marco Martins e Pedro Pinho, Cartas da Guerra (2016), de Ivo Ferreira, Ramiro (2016), de Manuel Mozos, e Verão Danado (2017), de Pedro Cabeleira. Uma escolha a que se soma ainda um conjunto de curtas-metragens.

As projecções e os encontros vão decorrer em cinematecas, centros culturais e nas principais salas dedicadas ao cinema de autor em Itália, como o Museu do Cinema de Turim, a Casa del Cinema de Roma ou a Cinemateca de Bolonha. A primeira etapa decorre entre 29 e 30 de Setembro, em Roma, na Casa del Cinema, na Villa Borghese.

O evento tem a presença confirmada dos realizadores Marco Martins e Pedro Pinho, bem como de representantes de instituições nacionais como António Caldeira Pires, coordenador para as artes performativas e cinema da Fundação Calouste Gulbenkian.

A LUSO – Mostra Itinerante do Novo Cinema Português é uma iniciativa que resulta da colaboração entre a Associação Il Sorpasso (entidade promotora em Portugal e no Brasil da Festa do Cinema Italiano), e a Slingshot Films, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, do Instituto do Cinema e Audiovisual, da Embaixada de Portugal em Roma e do Instituto Camões.

"A mostra LUSO responde ao interesse que o público italiano tem demonstrado pela produção cinematográfica nacional, avivado pelo sucesso de muitas obras portuguesas nos principais festivais de cinema mundiais, como os festivais de Veneza, Locarno ou Berlim", explicam os organizadores em comunicado.

Portugal tem atraído a imprensa internacional, não só pelo momento social e político que está a viver, mas também por ser actualmente um dos destinos preferidos dos turistas italianos.

Esta iniciativa nasce de uma colaboração directa entre os produtores e distribuidores do cinema português e a dinâmica rede de exibição cinematográfica não convencional que cobre todo o território italiano.

No âmbito desta mostra foram definidos acordos com os detentores dos direitos dos filmes, que irão receber uma percentagem do lucro gerado através das exibições. "Esta será, por isso, uma óptima oportunidade para os produtores portugueses aumentarem a visibilidade e rentabilidade das suas obras fora do território nacional", destaca a organização.

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