Trump retira acesso a informação secreta ao ex-director da CIA

O Presidente dos Estados Unidos vai ainda avaliar o acesso a informação secreta de outros antigos funcionários da administração.

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John Brennan tem sido um crítico feroz de Donald Trump MICHAEL REYNOLDS/EPA

Esta quarta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou o acesso a informação secreta a John Brennan, ex-director da CIA. Trump acusou Brennan de usar o acesso a informação secreta para “semear divisão e caos” na sua administração, segundo o comunicado lido aos jornalistas por Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca.

O Presidente dos Estados Unidos disse ainda que estava a rever o acesso a informação secreta de outros antigos funcionários que criticaram Trump, incluindo o antigo director dos serviços secretos James Clapper, o antigo director do FBI James Comey, a conselheira de segurança do ex-presidente Barack Obama, Susan Rice, o antigo director do Conselho de Segurança Nacional, Michael Hayden, e a antiga procuradora-geral interina Sally Yates, entre outros.

John Brennan, que foi director dos Serviços Secretos dos EUA (CIA) durante a presidência de Barack Obama, tem sido um forte crítico de Trump, aparecendo frequentemente nos programas noticiosos da televisão por cabo atacando as posições de Trump sobre a política externa dos Estados Unidos.  

No comunicado, Trump acusa Brennan de fazer “comentários cada vez mais frenéticos” e de ter abusado do seu acesso a informação secreta usando-a para “semear a divisão e o caos”.

“Neste momento na minha administração, qualquer benefício que os meus funcionários seniores possam retirar das consultas ao Sr. Brennan não compensa os riscos colocados pela sua conduta e o seu comportamento erráticos… Essa conduta e comportamento têm vindo a testar e já ultrapassaram em muito os limites de qualquer cortesia profissional que lhe era devida”, disse Trump.

Entretanto, John Brennan já respondeu ao ataque. “Esta acção faz parte de um esforço maior do Sr. Trump suprimir a liberdade de expressão e punir os críticos”, escreveu o antigo responsável na sua conta de Twitter. “Os americanos devem ficar muito preocupados com esta acção, incluindo os profissionais dos serviços secretos, pelo custo que pode ter fazer denúncias.”

A medida contra Brennan veio um dia depois de o antigo director da CIA ter denunciado o Presidente num tweet devido às suas críticas a Omarosa Manigault Newman, a antiga ajudante da Casa Branca, que escreveu um livro de crítica ao Presidente.

“É impressionante a frequência com que falha os mínimos da decência, civilidade, e idoneidade. Parece que nunca vai compreender o que significa ser presidente, nem o que é necessário para ser bom, decente, e uma pessoa honesta. É tão desalentador, é tão perigoso para a nossa nação”, escreveu Brennan.

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