Guggenheim convidou José Lourenço para animar Giacometti

Uma joaninha que se transforma num lápis, que, por sua vez, esculpe o icónico Walking Man. A animação em stop motion, partilhada nas redes sociais, serve de aperitivo à exposição que o Guggenheim de Nova Iorque dedica ao pintor e escultor suíço Alberto Giacometti (1901-1966) até 12 de Setembro. E é obra do português José Lourenço.

Em Julho, o museu contactou o artista plástico de Lisboa para fazer um teaser da exposição. O resultado foi este vídeo, baseado naquela que é, na opinião de José Lourenço, "uma das peças mais icónicas de Giacometti". "Como eu faço animação há algum tempo, achei por bem fazer uma animação como se fosse o braço do Giacometti a desenhar aquela escultura", explica ao P3.

José Lourenço, licenciado em Pintura, tem uma popular conta no Instagram onde partilha alguns dos seus trabalhos, que, por sinal, chamaram a atenção da equipa do Guggenheim, "a maior instituição de arte contemporânea" do mundo. "Como é uma instituição tão grande tentei dar o litro, como se costuma dizer", diz, entre risos. O trabalho foi feito com "liberdade total" ao longo de semana e meia, foi bem recebido e acabou por ser partilhado nas várias redes sociais do Guggenheim. "Foi a primeira vez que fiz escultura, sou sincero", revela.

Para o instagramer, Giacometti é um "escultor expressionista" pela forma como o suíço trabalhou "a parte escultórica". "Eu acho que o trabalho dele é muito peculiar. O que ele fez enquanto escultor foi praticamente conseguir transferir os desenhos e os esboços que ele fazia para a escultura".

Esta animação não será o seu último trabalho para o museu: "Em breve, haverá mais novidades na relação com o Guggenheim de Nova Iorque."