APAF diz que Liga de clubes garantiu resolução sobre viagens às ilhas

Em causa está a marcação dos voos em cima das datas dos jogos.

Foto
JOSÉ COELHO

O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Luciano Gonçalves, afirmou neste terça-feira que já recebeu da Liga de clubes a promessa de que vai fazer tudo para resolver as questões relacionadas com as deslocações às ilhas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Luciano Gonçalves, afirmou neste terça-feira que já recebeu da Liga de clubes a promessa de que vai fazer tudo para resolver as questões relacionadas com as deslocações às ilhas.

Luciano Gonçalves, que já tinha recebido algumas manifestações de insatisfação por parte dos árbitros, no que toca às deslocações em cima da hora para os arquipélagos da Madeira e dos Açores, adiantou que a APAF já falou com a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) sobre o assunto.

Em causa estão as marcações das viagens à noite, na véspera dos jogos, o que, além de impedir o devido descanso aos árbitros, não acautela a eventualidade, por exemplo, de o voo poder ser cancelado.

Foi o que aconteceu no último fim-de-semana, em que a equipa liderada por Manuel Oliveira, e que incluía os auxiliares Tiago Leandro e Pedro Ribeiro, bem como o quarto árbitro Marco Cruz, falhou o jogo Marítimo-Santa Clara (1-0), da jornada inaugural da I Liga.

Esta situação obrigou à nomeação de um árbitro da segunda categoria (C2), o madeirense Anzhony Rodrigues, que levou a que o encontro não tivesse videoárbitro (VAR), uma vez que os elementos da C2 não estão credenciados pelo International Board (IFAB) para o uso do VAR.

"A LPFP garantiu que tudo irá fazer para que estas situações não voltem a acontecer", assinalou Luciano Gonçalves, em declarações à agência Lusa.

Os árbitros exigem da LPFP um tratamento, pelo menos, idêntico ao da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que marca as viagens para as ilhas na tarde do dia anterior aos jogos, para salvaguardar possíveis imprevistos.