Menos ecrãs e menos sofá para os mais novos, recomendam cardiologistas norte-americanos

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Patricia Prudente/Unsplash

Quando se trata de obesidade infantil, o comportamento sedentário pode ser o factor mais influente e controlável que os pais podem mudar, especialmente através da gestão do tempo que os miúdos passam frente aos ecrãs, aconselha a Associação Americana do Coração (AHA, no sigla em inglês).

O comité para a obesidade da AHA recomenda tirar as televisões e outros ecrãs dos quartos e tê-las desligadas no período das refeições; propõe ainda aos pais que criem um tempo diário “livre de dispositivos”, incentivando os filhos a fazer jogos ao ar livre.

“Nos últimos dez anos, observamos mudanças tão dramáticas na natureza dos dispositivos, assim como os nossos comportamentos também mudaram", declara Tracie Barnett, do Instituto Nacional de Pesquisas Científicas de Québec, no Canadá.

O comportamento sedentário é mais do que uma ausência de actividade física, inclui o tempo gasto frente ao televisor, a ler ou andar de carro, por exemplo. O aumento do tempo sedentário, incluindo o tempo frente a um ecrã, está associado a um aumento do risco de doença cardíaca, diabetes e obesidade.

Nos EUA, a obesidade afecta uma em cada seis crianças e adolescentes, de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças. As directrizes actuais recomendam limitar a menos de duas horas diárias o tempo frente a ecrãs. 

O comité analisou estudos recentes sobre comportamento sedentário, obesidade infantil e as consequências na saúde cardíaca e observou que se o visionamento da televisão diminuiu entre os mais novos, o tempo de ecrã mudou e as crianças estão a usar outros dispositivos em casa para assistir a filmes ou vídeos online, jogar e conversar com outras pessoas.

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