Depois de ameaçar realizar uma das maiores recuperações desportivas de todos os tempos no US PGA Championship, Tiger Woods admitiu que nunca imaginou estar em disputa pelo título em majors consecutivos. 

O californiano ganhou 14 majors, mas o último deles veio em 2008, jogando então com uma lesão no joelho no Open dos EUA, uma lesão que iria mantê-lo fora para o resto da temporada. 

Em Outubro de 2010, chegou ao fim o seu reinado de 281 semanas como número um do ranking mundial, caindo para 58.º em novembro do ano seguinte, antes de cinco vitórias mundiais em 2013 o ajudarem a recuperar o primeiro lugar. 

A sua última vitória foi no WGC-Bridgestone Invitational desse ano, e a partir daí foi atormentado por problemas nas costas. Quando, em Novembro, fez o seu regresso ao golfe competitivo a tempo inteiro, já fora do top-1000 mundial, admitiu abertamente que não sabia como seu jogo seria.

Em Julho, chegou a liderar com uma pancada de vantagem com oito buracos para jogar no Open Championship em Carnoustie, e neste domingo terminou apenas dois shots atrás de Brooks Koepka depois de uma emocionante volta final de 64 (-6) no Bellerive Country Club, em St. Louis. Missouri. E subiu de 51.º para 26.º no ranking mundial. 

“Estive na luta nos últimos dois majors e nunca teria previsto isso há um ano, pelo que estou muito agradecido por estar aqui”, Woods. “Eu não sabia qual seria a minha agenda. Não sabia quantos torneios jogaria este ano, ou se jogaria. Então, cada torneio trouxe seus próprios desafios.” 

“No início do ano, se me dissessem que eu teria uma chance legítima de vencer os dois últimos campeonatos majors, eu diria com que swing? Eu não tinha um swing na época, não tinha velocidade. O meu putting estava bem, mas Deus!, eu não tinha jogado em dois anos. Então, tem sido, com certeza, um inferno de um processo.” 

Woods começou a última volta quatro shots atrás de Koepka e reduziu para um shot em três ocasiões, mas Koepka fez birdies cruciais nos buracos 15 e 16 antes de um drive errático de Woods no Par-5 do 17 o ter impedido de chegar aí ao birdie. 

“Eu estava bem lançado no Open [Championship], tive a liderança lá. Neste [US PGA Championship], nunca cheguei à liderança, estive sempre na perseguição, tinha de continuar a fazer birdies. Eu tinha que ir buscá-los e eu tentei.” 

“O drive no 17... eu não bati bem o drive durante todo o dia. Debati-me com dificuldades com o meu swing de golfe. Aquecido a bater para a esquerda e no campo estava a bater para a direita. Então, sabia que ia ser uma luta para tentar manter as peças juntas e foi o que fiz.”

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