Sporting sofreu com o Moreirense mas acabou por ser feliz

“Leões” começaram a perder frente a um adversário determinado em surpreender, mas acabaram por alcançar o primeiro objectivo de José Peseiro que era a conquista dos três pontos. Falta agora convencer.

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Bruno Fernandes apontou um golo e foi o melhor elemento do Sporting LUSA/OCTÁVIO PASSOS

José Peseiro fora claro sobre o que pretendia da sua equipa em Moreira de Cónegos: vencer a qualquer custo, dispensando a componente artística e mesmo o domínio do encontro. E foi assim. O Sporting começou o encontro com o Moreirense a perder, chegou a ser dominado em alguns momentos, mas foi feliz e venceu por 3-1, com golos de Bruno Fernandes e Bas Dost, que bisou.

Há 14 anos, Ivo Vieira iniciava a carreira de técnico como adjunto do Nacional, pouco depois de se despedir dos relvados no clube madeirense. Na mesma altura Peseiro — que orientara o actual treinador do Moreirense durante quatro anos no Nacional — chegava pela primeira vez ao banco do Sporting.

Vieira nunca negou que aprendeu muito com o seu antigo técnico e esteve muito perto de o surpreender neste domingo. O Moreirense demonstrou o que pretendia logo nos instantes iniciais e chegou à vantagem aos 6’, no primeiro lance atacante da equipa.

Heriberto Tavares recebeu um cruzamento de João Aurélio e rematou por entre as pernas de Salin ao segundo poste (um guarda-redes que rendera Viviano à última hora depois do italiano se ter lesionado no aquecimento). Petrovic no lugar de Misic no meio-campo tinha sido a única novidade prevista por Peseiro em relação ao jogo com o Empoli, no Troféu Cinco Violinos, há uma semana.

Mesmo sem convencer, o Sporting não demorou a responder e, dez minutos depois, Bruno Fernandes deu seguimento a um cruzamento de Ristovski. O empate deu algum descanso aos “leões”, que estiveram sempre longe de dominarem a partida. Ao intervalo, a equipa da casa dividia a posse de bola, com ligeira vantagem: 51%-49%.

Esta tendência manteve-se na segunda metade, com o Moreirense a conseguir ter a bola e até a encostar o adversário à sua área. Peseiro mexeu na equipa, sem grandes ousadias, e acabou por ser feliz. Dois minutos depois de Jovane Cabral render Nani, o jovem da formação foi derrubado por Heriberto na área minhota. Bas Dost encarregou-se de marcar (72’).

Mas foi necessário esperar até aos descontos para os lisboetas respirarem de alívio, com o terceiro golo. Seria o segundo do holandês que, isolado por Bruno Fernandes, teve classe para picar a bola sobre Jhonatan.

O principal objectivo de Peseiro estava alcançado, mas falta agora convencer.

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