Fisco espanhol devolve 2,1 milhões de euros a Cristiano Ronaldo

Autoridade tributária concluiu que o jogador já tinha saldado aquela quantia em forma de IVA ao Estado espanhol.

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Ronaldo abandou Espanha este Verão, quando trocou o Real Madrid pela Juventus LUSA/ALESSANDRO DI MARCO

O fisco espanhol devolveu 2,1 milhões de euros a Cristiano Ronaldo. A decisão surgiu depois de a autoridade fiscal espanhola concluir que o atleta pagou esta quantia em forma de IVA ao Estado sem ter a obrigação legal de o fazer. Aquele valor seria relativo aos direitos de imagem do futebolista que jogou no Real Madrid até Junho, direitos que pertencem a empresas sediadas fora da jurisdição fiscal espanhola, segundo avança o El Mundo

Segundo a autoridade tributária espanhola, Ronaldo cedeu a exploração dos direitos de imagem em Espanha a sociedades anónimas radicadas nas lhas Virgens em 2014, por intermediação do empresário Peter Lim, proprietário do Valência. Esta decisão foi tomada pelo atleta como uma forma de potenciar a sua imagem no continente asiático. E assim sendo, o fisco espanhol conclui que o internacional português está isento de pagar estes 2,1 milhões de euros por se tratar de "prestações de serviços localizados fora do território da aplicação do imposto". 

Em vez dos 18,8 milhões de euros, que tinha, sido objecto de acordo entre o avançado que se mudou para a Juventus e a justiça espanhola, o futebolista terá de pagar 16,7 milhões de euros. Segundo o El Mundo, Cristiano Ronaldo já pagou 13,4 milhões, e deverá saldar o valor em falta nas próximas semanas.

Ronaldo resolveu o diferendo, que mantinha há um ano com o fisco espanhol, em Junho. O jogador português aceitou uma pena suspensa de dois anos de prisão, bem como o pagamento de uma indemnização de 18,8 milhões de euros.

Isto depois de terem sido divulgados documentos pelo jornal El Mundo, que levaram a justiça espanhola a iniciar processos contra diversas figuras do mundo do futebol por alegadas práticas de fraude fiscal. No caso do internacional português, as finanças espanholas acusaram o jogador de ocultar rendimentos relacionados com os direitos de imagem através da utilização de entidades situadas em paraísos fiscais.

Estavam em causa rendimentos próximos de 150 milhões de euros e a fraude, de acordo com as autoridades, rondaria os 14,7 milhões de euros. Contudo, face ao acordo entre o fisco e a equipa de defesa de Cristiano Ronaldo, o valor da acusação inicial de fraude desceu para os 5,7 milhões. Com este acordo tanto Ronaldo, tal como o empresário Jorge Mendes, ficaram livres de qualquer acusação.

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