De Mateos foi o mais rápido nos metros finais em Braga

Com duas tiradas para o fim da Volta a Portugal, o top 5 da classificação geral não sofreu alterações.

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De Mateos festejou efusivamente a sua vitória. LUSA/NUNO VEIGA

Mesmo no limite, Vicente De Mateos (Aviludo-Louletano) conseguiu esta sexta-feira a sua segunda vitória na 80.ª Volta a Portugal ao ganhar ao sprint a 8.ª etapa, depois de fazer o percurso de 147,6 quilómetros entre Barcelos e Braga em 3h40m44s. Raúl Alarcón (W52-FC Porto) chegou a estar em primeiro nos metros finais, mas foi ultrapassado quase em cima da meta. Mesmo assim, o espanhol mantém-se líder da prova, com 52 segundos de vantagem.

Na meta volante da Póvoa de Lanhoso, que marcou o quilómetro 100,4 da etapa, passou primeiro um grupo de 11 ciclistas que se formou antes da primeira hora de corrida. A vantagem confortável de 3m20s que a frente registava em relação ao pelotão começou a decrescer na primeira subida ao Sameiro. Paulo Silva (LA Alumínios) foi a primeira vítima da escalada e ficou para trás. O ciclista de 23 anos foi alcançado por um pelotão dominado pela Aviludo-Louletano, que estava decidida a dar luta à W52-FC Porto. 

Dobrada a primeira montanha, em que Luís Gomes (RP-Boavista) foi primeiro, a frente de corrida chegou à primeira passagem da meta de Braga, no intervalo das duas subidas, só com 30 segundos de vantagem sobre o pelotão.

A perseguição terminou ao quilómetro 137 da etapa, a pouco tempo de chegar ao cume da segunda montanha. Domingos Gonçalves (RP-Boavista) aproveitou para atacar a 10 quilómetros da meta, mas não sem Alarcón atrás de si. Na preparação para a descida final, a frente da corrida era composta pelo top 4 da geral: Alarcón, Joni Brandão (Sporting-Tavira), De Mateos e Edgar Pinto (Vito Feirense).

Verificou-se um excelente trabalho de equipa por parte da W52-FC Porto na aproximação à meta, onde conseguiu chegar com três homens ao sprint final. João Rodrigues e Ricardo Mestre estiveram até ao quilómetro final à frente da Alarcón, que podia ter conquistado nesta sexta-feira a sua terceira etapa. O problema foi o timing do ataque do espanhol. Esteve em primeiro durante a maioria dos metros finais, mas deixou-se ultrapassar por cinco adversários, nomeadamente De Mateos. O corredor da Louletano repetiu, assim, o feito da segunda etapa.

De Mateos mostrou-se feliz com a vitória e não escondeu que a camisola amarela é um objectivo: "Sim, estamos a tentar a cada dia. Vamos seguir na luta", assumiu. 

Alarcón falhou por pouco o hat-trick de vitórias na Volta e no fim admitiu que arrancou cedo de mais para a meta, mas não deixou de destacar o trabalho realizado pelos dois colegas de equipa. Acerca da 9.ª etapa, que poderá ser decisiva, o líder da prova não abriu o jogo: "Vamos ver o que vão fazer os nossos rivais".

No sábado, o pelotão vai disputar uma das tiradas mais faladas da 80.ª Volta a Portugal. Com 155,2 quilómetros, a 9.ª e penúltima tirada começa em Felgueiras e termina em Mondim de Basto, com três contagens de montanha (todas de primeira categoria) e o final reservado para a subida à Senhora da Graça. 

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