Enrique Sanz vence 7.ª etapa e Alarcón mantém a distância

O camisola amarela continua com 52 segundos de vantagem sobre Joni Brandão.

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Enrique Sanz bateu os adversários ao sprint. LUSA/NUNO VEIGA

Enrique Sanz (Euskadi Basque) venceu nesta quinta-feira a 7.ª etapa da Volta a Portugal. O espanhol percorreu o trajecto de Montalegre a Viana do Castelo em 3h45m03s e bateu ao sprint Daniel Mestre (EFAPEL) e Raúl Alarcón (W52-FC Porto), que ficaram em segundo e em terceiro, respectivamente. A camisola amarela continua com Alarcón, que conseguiu manter a distância de 52 segundos para Joni Brandão, segundo classificado.

Depois da única contagem de montanha da etapa, o pelotão "partiu-se" e 22 ciclistas, com os favoritos à vitória incluídos, fugiram. Este êxodo contou com Ricardo Mestre e Alarcón, os únicos na frente da W52-FC Porto, que foi a equipa que esteve menos representada nesta fuga. Sem surpresa, o resto encontrava-se no pelotão que já seguia com 40 segundos de atraso a 56 quilómetros do fim.

Não existem camisolas para o corredor mais resiliente, mas Rui Vinhas (W52-FC Porto) poderá ter dado indicações à organização da Volta a Portugal para dar início a essa tendência. O ciclista caiu na 5.ª etapa e ficou em mau estado, mas terminou a tirada. Participou na etapa seguinte e nesta quinta-feira esteve à frente do pelotão dominado pela sua equipa, que começou a perder terreno para o quarteto da frente da corrida depois da meta volante em Vila Verde. Ao quilómetro 127,5, o desfasamento já era de 2m10s.

Bruno Silva (Efapel), João Matias (Vito-Feirense), Danilo Celano (Caja Rural) e David Rodrigues (Radio Popular-Boavista) seguiam a uma velocidade média que ultrapassou os 60km/h. Entretanto, Rui Vinhas já tinha esgotado as suas forças e ficou para trás do pelotão, que foi tendo a companhia da Liberty Seguros.

O quarteto líder chegou a Viana do Castelo a olhar para trás, para um pelotão que se aproximava cada vez mais. A subida final, ao Alto de Sta. Luzia, foi feita com um pelotão compacto e com a W52-FC Porto a fazer uma demonstração de bom trabalho de equipa. Ricardo Mestre começou por estabelecer o ritmo e abriu caminho para o seu colega João Rodrigues, com Alarcón logo atrás. Rodrigues acelerou e no quilómetro final o camisola amarela partiu para a meta. Alarcón começou por fazer os metros finais sozinho, mas depois da curva final já não tinha hipótese de alcançar Enrique Sanz e Daniel Mestre.

Faltam três etapas para o fim da volta, e Joni Brandão não tem conseguido encurtar a distância para Alarcón, mas não vai desistir. "Pelas etapas que temos, muita coisa pode acontecer a meu favor", afirmou o corredor do Sporting. Por sua vez, o espanhol classificou a etapa de "muito dura" e confessou o que foi o mais importante para si no final da corrida: "Por fim, consegui manter a amarela".

A etapa 8 cumpre-se na sexta-feira entre Barcelos e Braga. O percurso tem 147,6 quilómetros e quatro contagens de montanha. As últimas duas, ambas de terceira categoria, são muito próximas e propõem um desafio exigente aos participantes. 

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