Bons Sons: como se monta uma festa na aldeia

Paulo Pimenta
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Há muitos dias que o rodopio se nota. Esta quarta-feira, a aldeia de Cem Soldos, em Tomar, ultimava os preparativos para mais uma edição do festival Bons Sons. Toda a aldeia se mobiliza para o evento. Ou quase. Há cerca de 300 voluntários da terra e cerca de cem de fora. Por toda a parte se podia ver alguns em acção. Havia quem tratasse de segurar a relva sintética na Praça do Rossio, quem investisse em transformar a casa mortuária em lounge para os artistas, quem se encarregasse de fazer da sede dos escuteiros um espaço para as crianças ou de um terreno atolado um espaço teatral… Os oito palcos estão distribuídos pela aldeia. Partem dela. 

O festival começa às 14h desta quinta-feira e tem Salvador Sobral como cabeça de cartaz. Já muita gente passou a noite de quarta para quinta no parque de campismo. O parque de autocaravanas, esse, estava ainda quase vazio. Talvez por isso fosse tão fácil reparar no riso de Pedro Cera e da mulher, Dores, uma presença habitual no festival. “Já venho aqui há bué. Seguramente há mais de dez anos”, diz ele. O festival realiza-se apenas há doze. O que os chama? “O programa em si”, diz a mulher. Não é só. “Dá muita pica saber que todo o dinheiro que gasto aqui é investido aqui”, torna o marido. “Sabe que vai ser aí criada uma protecção geriátrica?”, questiona, numa alusão ao lar-aldeia, um projecto destinado a criar um sistema de apoio aos residentes mais velhos, para que possam continuar a envelhecer sem sair do seu meio natural. Ana Cristina Pereira

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