Asma, a mulher do Presidente Assad, tem cancro da mama

Primeira-dama síria está doente, divulga a Presidência nas redes sociais.

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Reuters/SANA

A primeira-dama síria tem cancro da mama, este foi detectado ainda num estágio inicial, e começou já a ser tratada. Num país mergulhado, há vários anos, numa sangrenta guerra civil, Asma al-Assad deixou de aparecer em público. No entanto, nesta terça-feira, a Presidência deu conta da doença da mulher de Bashar al-Assad, através das redes sociais.

As publicações feitas incluem uma fotografia da primeira-dama, de 42 anos, no que parece ser um quarto de hospital, num momento em que está a ser submetida a um tratamento. “Com força, confiança e fé, a Sra. Asma al-Assad começa a fase preliminar de tratamento a um tumor maligno na mama”, diz o texto, citado pelo Guardian. “A presidência e todos aqueles que ali trabalham desejam sinceramente a rápida recuperação da Sra. Asma”, termina o comunicado.

É raro, num país árabe, revelarem-se os problemas de saúde dos altos membros do Estado, geralmente estes são mantido em segredo por motivos de segurança nacional. Por exemplo, no caso do pai de Assad, Hafez, que governou durante décadas a Síria, nunca se falou de qualquer doença, embora o governante, nos últimos meses de vida, surgisse em público com um aspecto muito frágil. 

Durante anos, Asma al-Assad foi vista como uma lufada de ar fresco numa região onde as mulheres têm menos direitos. Nascida no Reino Unido, com nacionalidade britânica mas de origem síria, e com um curso superior, Asma trabalhou na banca, antes de casar, em 2000, com Bashar com quem tem três filhos.

A primeira-dama perdeu o glamour – em tempos a Vogue chamou-lhe "rosa do deserto" – por raramente falar em público sobre a guerra que assola o seu país há sete anos e onde meio milhão de pessoas perderam a vida, crianças incluídas, como se esta não estivesse a decorrer.

A sua falta de crítica ao que se está a passar na Síria foi condenada pela União Europeia e, desde o início do conflito, que tem sido pedido para que lhe seja retirada a cidadania britânica.

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