Serviços secretos venezuelanos evacuaram Hotel Pestana Caracas

Um contingente do SEBIN está a impedir o acesso à unidade hoteleira.

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No sábado, o Presidente terá sido alvo de um atentado com drones MIGUEL GUTIERREZ/EPA

Funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência (SEBIN, serviços secretos venezuelanos) evacuaram nesta segunda-feira o Hotel Pestana Caracas, propriedade de empresários portugueses, impedido desde então o acesso ao local.

Fontes não oficiais dão conta de que a acção da polícia secreta teria a ver com o atentado de sábado contra o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Uma fonte contactada pela agência Lusa explicou que no local estão quatro carrinhas do SEBIN e que o acesso ao hotel está restringido.

Contactada pelo PÚBLICO, fonte oficial do Grupo Pestana afirma que a empresa está a "acompanhar a situação e a colaborar com as autoridades" venezuelanas. "Os hóspedes foram todos realojados", acrescenta, sem dar mais informação. 

O Hotel Pestana Caracas foi inaugurado em 2008, durante a visita à Venezuela do então primeiro-ministro português, José Sócrates.

No sábado, duas explosões que as autoridades dizem ter sido provocadas por dois drones (aviões não tripulados) obrigaram o Presidente da Venezuela a abandonar a cerimónia do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (a polícia militar venezuelana).

O acto, que decorria na Avenida Bolívar, no centro de Caracas, estava a ser transmitido em simultâneo pelas rádios e televisões venezuelanas e, no momento em que Nicolás Maduro anunciava que tinha chegado a hora da recuperação económica, ouviu-se uma das explosões. Sete militares ficaram feridos e, segundo as autoridades, foram detidas seis pessoas por suspeita de envolvimento no atentado.

O Governo venezuelano está também a vincular este ataque ao piloto Oscar Pérez, que no ano passado desviou um helicóptero e bombardeou edifícios estatais. Esteve foragido, durante algum tempo, mas acabou por ser encontrado e morto. 

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