Apple cresce num mercado de tablets que continua a minguar

O mercado global destes aparelhos decresceu 13,5% durante o segundo trimestre de 2018.

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Tim Cook na apresentação de um iPad focado nas escolas. A IDC diz que o sucesso veio da aposta na educação REUTERS/JOHN GRESS

A Apple e a Samsung lideram o pódio no mercado de tablets, que continua a minguar. Durante o segundo trimestre de 2018, o mercado global destes aparelhos decresceu 13,5%, de acordo com dados da analista IDC.

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A Apple e a Samsung lideram o pódio no mercado de tablets, que continua a minguar. Durante o segundo trimestre de 2018, o mercado global destes aparelhos decresceu 13,5%, de acordo com dados da analista IDC.

Uma das razões apontadas para a queda é que, além de o mercado estar saturado, tanto as pessoas como as empresas estão a apostar em portáteis (cada vez mais leves e mais pequenos) para utilizar na vida pessoal e profissional.

Do total de 33 milhões de aparelhos enviados para retalho, quase 35% são da Apple. Seguem-se a Samsung, com 15% do mercado, a Huawei (10,3%) que envia metade dos seus aparelhos para a região da Ásia e do Pacífico, e a Lenovo (6%). A Apple conseguiu subir cinco pontos percentuais face ao trimestre homólogo.

De acordo com a IDC, “o lançamento de novos iPads no final do primeiro trimestre de 2018, a par de melhorias no sistema operativo e um foco renovado na educação, parece estar a ser rentável para a Apple”.

As vendas da Amazon, porém, diminuíram mais de 33% durante o trimestre, algo que a IDC justifica com à saturação do mercado.

O analista da IDC Jitesh Ubrani explica, em comunicado, que o futuro dos tablets pode estar no mercado dos chamados detachables. Trata-se de aparelhos com um teclado anexado e que permitem utilizar um tablet como um pequeno computador em algumas ocasiões. “Embora tanto os consumidores privados e as empresas tenham mostrado interesse em aparelhos com uma estrutura que se separa, aqueles que têm de respeitar orçamentos mais apertados têm poucas opções, o que os obriga a escolher um computador pessoal”, diz Ubrani. O analista acredita que isto pode mudar com o lançamento de aparelhos mais acessíveis, como o Surface Go, da Microsoft, e os novos iPads da Apple. Este ano, ambas as empresas apresentaram tablets mais baratos, com um foco no mercado educativo.

Em Julho, a Microsoft lançou aquilo que descreve como o “mais transportável e mais económico” dos Surface (uma gama de aparelhos híbridos que a Microsoft lançou em 2012). Na altura, Panos Panay, o director de produto da empresa, descreveu as dimensões do aparelho como ideias para ler manuais escolares em formato digital. Meses antes, a Apple também tinha apresentado o “iPad mais económico e acessível” de sempre num evento dedicado à educação em Chicago.