Quinta-feira foi o segundo dia mais quente em 18 anos

A temperatura média foi 30,2 graus e para encontrar um valor mais alto é preciso recuar a 2 de Agosto de 2003, quando a temperatura média foi 31,9 graus.

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Crianças refrescam-se em Santarém ANTONIO COTRIM/LUSA
Jovens banam-se na água do Lis, em Leiria
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Leiria PAULO CUNHA/LUSA
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Évora Tiago Petinga/Lusa
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Braga HUGO DELGADO/LUSA
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Proença-a-Nova António José/Lusa

Os termómetros em Portugal continental atingiram na quinta-feira o segundo valor mais alto de sempre desde 2000, quando começaram os registos diários, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A temperatura média foi 30,2 graus e para encontrar um valor mais alto é preciso recuar a 2 de Agosto de 2003, quando a temperatura média foi 31,9 graus, de acordo com um comunicado nesta sexta-feira divulgado pelo IPMA.

O valor da média das temperaturas máximas atingiu 40,1 graus centígrados, "muito superior ao valor normal", que é 28,8 graus, enquanto o valor médio das mínimas chegou aos 20,2 graus, acima dos 15,5 considerados normais.

Mora, no distrito de Évora, e Alvega, no distrito de Santarém, registaram os valores mais altos, com 45,7 e 45,2 graus.

Em mais de metade das estações meteorológicas, a temperatura foi superior a 40 graus e em 90%, superou os 35 graus.

Só as estações do Cabo Carvoeiro e Santa Cruz, no Oeste, ficaram abaixo dos 30 graus.

Resposta tem sido eficaz

Os dados são também citados num comunicado da Comissão Nacional de Protecção Civil, que se reuniu hoje extraordinariamente no primeiro de quatro dias de alerta devido às altas temperaturas e concluiu que o sistema de prevenção e combate a incêndios tem respondido "com grande eficácia, desde logo, no ataque inicial às ocorrências registadas".

Desde quinta-feira, só quatro incêndios rurais aumentaram de dimensão ao ponto de precisarem de ataque ampliado.

Comparando com os valores dos dez anos mais recentes, em 2018 arderam até agora menos 85% da área e houve menos 36% de ocorrências.

O comandante operacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil, Duarte Costa, afirmou que o envolvimento e o "reforço da monitorização e vigilância" por parte da GNR, PSP, Forças Armadas e Instituto de Conservação da Natureza e Florestas tem sido chave para responder às solicitações.

Há cerca de seis mil militares da GNR no terreno, 19 de 76 patrulhas das Forças Armadas em áreas críticas, e 51 equipas da PSP.

Apesar do quadro meteorológico e do elevado risco de incêndio, não havia esta manhã registo de ocorrências expressivas em curso. Aviões de reconhecimento a sobrevoar o Alentejo e Algarve têm sido "fundamentais para a tomada de posições quanto ao posicionamento dos meios".

Por parte do Instituto Nacional de Emergência Médica, houve reforço de meios dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes.

A Comissão Nacional de Protecção Civil, presidida pelo ministro da Administração Interna junta todas as entidades que intervêm no sistema de protecção civil: ministérios com a tutela sobre defesa, justiça, ambiente, economia, agricultura e florestas, obras públicas, transportes, comunicações, segurança social, saúde e investigação científica, representantes dos municípios e freguesias, da Liga dos Bombeiros Portugueses e da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais.

Estão representadas também as Forças Armadas, GNR, PSP, PJ, Gabinete Coordenador de Segurança, Autoridade Marítima, Autoridade Aeronáutica e Instituto Nacional de Emergência Médica.

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